Baseado num conto de Haruki Murakami, o filme do coreano Lee Chang-Dong (conhecido em Portugal por Poesia) foi um grande sucesso global de estima crítica ao longo do último ano, desde a sua estreia no Festival de Cannes de 2018. Não partilhamos as reacções mais entusiasmadas (o filme entrou em muitas listas de “melhores de 2018” de críticos do mundo inteiro, frequentemente nas posições cimeiras) mas não se deixa por isso de reconhecer que se trata de um óptimo, e sobretudo muito eficaz, puzzle de ambiguidade psicológica, a construir um ambiente de suspeita permanente e quase paranóica, que nalguns momentos não fica longe de lembrar o mestre incontestado deste tipo de ambientes, o velho Hitchcock, se não ao nível dos procedimentos pelo menos no ar que se respira.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Baseado num conto de Haruki Murakami, o filme do coreano Lee Chang-Dong (conhecido em Portugal por Poesia) foi um grande sucesso global de estima crítica ao longo do último ano, desde a sua estreia no Festival de Cannes de 2018. Não partilhamos as reacções mais entusiasmadas (o filme entrou em muitas listas de “melhores de 2018” de críticos do mundo inteiro, frequentemente nas posições cimeiras) mas não se deixa por isso de reconhecer que se trata de um óptimo, e sobretudo muito eficaz, puzzle de ambiguidade psicológica, a construir um ambiente de suspeita permanente e quase paranóica, que nalguns momentos não fica longe de lembrar o mestre incontestado deste tipo de ambientes, o velho Hitchcock, se não ao nível dos procedimentos pelo menos no ar que se respira.