Novo recorde em leilão para um artista vivo para Jeff Koons
A escultura Rabbit foi vendida por 91 milhões de dólares (81 milhões de euros) num leilão da Christie’s em Nova Iorque, esta quarta-feira, estabelecendo um novo máximo.
A escultura Rabbit, do artista americano Jeff Koons, foi vendida por 91 milhões de dólares (81 milhões de euros) num leilão da Christie’s, em Nova Iorque, esta quarta-feira, estabelecendo um novo recorde no valor pago por uma peça de um artista vivo.
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A escultura Rabbit, do artista americano Jeff Koons, foi vendida por 91 milhões de dólares (81 milhões de euros) num leilão da Christie’s, em Nova Iorque, esta quarta-feira, estabelecendo um novo recorde no valor pago por uma peça de um artista vivo.
A peça do americano, criada em 1986, é considerada um dos ícones da arte do século XX e supera o preço histórico alcançado há apenas seis meses pela pintura do britânico David Hockney — Retrato de um Artista (Piscina com Duas Figuras) —, vendida por 90 milhões de dólares em Novembro.
Há apenas quatro esculturas de Rabbit, feitas em aço inoxidável, mas esta é a única que ainda permanece em mãos privadas, uma vez que as restantes pertencem a museus de Los Angeles e de Chicago, nos Estados Unidos, e do Qatar.
Jeff Koons é conhecido do grande público, essencialmente, pelas esculturas grandiosas, inspiradas em objectos da cultura de massas, feitas em materiais inusitados. Entre os trabalhos que muita gente conhece encontramos Puppy, o cão de flores que está à entrada do Guggenheim de Bilbau, ou a série Made In Heaven, as fotos em que posa ao lado da ex-mulher, a actriz porno Cicciolina.
Para ele, a experiência individual de uma exposição é essencial. A arte está no observador, não no objecto, costuma dizer. O observador deve ter confiança nas suas próprias experiências e na sua visão particular da arte. Para adquirir essa confiança (que ele define como auto-aceitação) utiliza arquétipos, imagens populares, com as quais todos se podem relacionar.
Como quase todos os nomes mais conhecidos da arte contemporânea, provoca paixões desencontradas, explorando desde o início dos anos 80 séries temáticas centradas no consumismo, na banalidade, na sexualidade e no prazer. Há quem considere a sua arte cínica e manipuladora e quem defenda que é um dos exemplos mais conseguidos de alguém que consegue que a arte aconteça dentro do espectador.