Para que serve uma olimpíada da ciência da União Europeia?
Uma olimpíada da ciência da União Europeia serve para muito mais do que o que pode, à primeira vista, parecer. A Olimpíada da Ciência da União Europeia (EUSO), originalmente imaginada por Michael A. Cotter, tem uma dimensão científica e uma dimensão política: pretende pôr em contato jovens Europeus de 16 anos entusiasmados pela ciência e ajuda a Europa a construir laços, pertinentes num contexto de eleições, e urgentes num contexto de ascensão de extremismos e de proliferação de fake news.
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Uma olimpíada da ciência da União Europeia serve para muito mais do que o que pode, à primeira vista, parecer. A Olimpíada da Ciência da União Europeia (EUSO), originalmente imaginada por Michael A. Cotter, tem uma dimensão científica e uma dimensão política: pretende pôr em contato jovens Europeus de 16 anos entusiasmados pela ciência e ajuda a Europa a construir laços, pertinentes num contexto de eleições, e urgentes num contexto de ascensão de extremismos e de proliferação de fake news.
É um contributo muito significativo para reforçar a importância da ciência na Europa e da cidadania Europeia.
A EUSO é, para muitos destes jovens cientistas, o primeiro contato internacional com outros que partilham o mesmo entusiasmo. É também o primeiro contato com a ciência real, que transpõe a rigidez das fronteiras impostas pelo ensino por disciplinas temáticas.
As equipas, constituídas por três jovens, trabalham em conjunto, integrando conhecimentos de física, de química e de biologia, para encontrar a soluções de problemas científicos que lhes são colocados. O propósito é o de promover a ciência prática, elevando o debate sobre questões que a ciência e os cientistas enfrentam a nível global. Mas este é também um encontro de jovens da União Europeia que partilham uma grande experiência científica, participam em atividades culturais, de lazer e desportivas, criam novas amizades que ultrapassam fronteiras e reforçam a sua identidade de cidadãos Europeus.
A competição deste ano, que Portugal acolheu na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT NOVA), em Almada, recebeu 150 alunos de 24 países. Mobilizámos 53 professores investigadores da FCT NOVA, 81 professores visitantes, 11 observadores e 93 voluntários. Para as provas estiveram disponíveis 350 díodos, 18 mil luvas, 600 placas de Petri, 180 micropipetas, 720 [balões] Erlenmeyers, 114 gobelés, 5000 microcubos, 6000 lâminas e 24 mil lamelas. Durante os sete dias do evento, a organização serviu mais de 8500 refeições aos 306 participantes (entre alunos e mentores).
Os alunos portugueses conquistaram duas medalhas de prata. Os alunos da Alemanha levaram para casa o troféu da EUSO: arrecadaram duas medalhas de ouro. Ninguém foi para casa sem uma medalha – quem não recebe ouro ou prata fica com uma medalha de bronze. E isso faz todo o sentido, porque ganhamos todos: melhores cientistas e melhores europeus.
O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico