Matteo Salvini, o novo cometa dos nacionalistas

O vice-primeiro-ministro italiano é, hoje, talvez mais popular que Marine Le Pen – tem mais projecção mediática que a líder da extrema-direita francesa.

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Matteo Salvini STEFANO RELLANDINI/Reuters

No início da sua carreira política na Liga, quando ainda acreditava que o Norte de Itália devia abandonar o Sul e formar uma nova nação, chamada Padania, Matteo Salvini até chegou a torcer pela selecção alemã, conta o Guardian. Hoje, é um ardente defensor do slogan de Donald Trump, com as devidas adaptações: “Italianos primeiro”. Aliás, “as nações primeiro” talvez seja uma melhor tradução do pensamento deste político de 46 anos que na juventude juntava o comunismo e a Padania numa única paixão.

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No início da sua carreira política na Liga, quando ainda acreditava que o Norte de Itália devia abandonar o Sul e formar uma nova nação, chamada Padania, Matteo Salvini até chegou a torcer pela selecção alemã, conta o Guardian. Hoje, é um ardente defensor do slogan de Donald Trump, com as devidas adaptações: “Italianos primeiro”. Aliás, “as nações primeiro” talvez seja uma melhor tradução do pensamento deste político de 46 anos que na juventude juntava o comunismo e a Padania numa única paixão.

Vice-primeiro-ministro e ministro do Interior do Governo italiano, fez entrar a Liga no executivo como parceiro de coligação menor, mas rapidamente as sondagens o mostraram a ultrapassar o Movimento 5 Estrelas, vencedor das últimas eleições.

Uma afinidade incomum pelos media, uma presença constante nas redes sociais e em actividades de campanha, bem como as posições violentamente anti-imigração, que incluem ter impedindo barcos com imigrantes salvos no Mediterrâneo de atracar nos portos italianos, tornaram-no detestado por muitos, mas adorado como um novo ídolo dos nacionalistas pelo mundo fora. Hoje, é talvez mais popular que a francesa Marine Le Pen – tem mais projecção mediática que ela.

Viktor Orbán, o primeiro-ministro húngaro, outro campeão anti-imigração, chama-lhe “um herói”. Ele convenceu-se disso, e tornou-se um novo pólo de acrecção de movimentos nacionalistas e anti-imigração europeus, que esperam constituir uma nova força no Parlamento Europeu. Querem ser como um cometa que rompa e queime a política e as instituições europeias por dentro, e a política para as migrações de Bruxelas, que apesar de bloqueada há anos suscita uma violenta rejeição dos partidos populistas que ameaçam ter resultados excepcionalmente bons nas eleições europeias de dia 26 de Maio.