PS, PSD e CDU cresceram após crise dos professores, mas PS cresceu mais
A primeira sondagem sobre intenções de voto nas legislativas realizada após a ameaça de demissão mostra que António Costa não foi penalizado.
A crise política que durou uma semana, na sequência da ameaça de demissão do primeiro-ministro, não parece ter beliscado a imagem de António Costa e não prejudicou o PS. Na primeira sondagem efectuada pela Aximage no rescaldo das votações da chamada lei dos professores, os socialistas sobem 0,8 pontos percentuais nas intenções de voto, considerando o cenário de eleições legislativas.
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A crise política que durou uma semana, na sequência da ameaça de demissão do primeiro-ministro, não parece ter beliscado a imagem de António Costa e não prejudicou o PS. Na primeira sondagem efectuada pela Aximage no rescaldo das votações da chamada lei dos professores, os socialistas sobem 0,8 pontos percentuais nas intenções de voto, considerando o cenário de eleições legislativas.
A grande surpresa é, contudo, o nível da avaliação dos líderes partidários. Aí, António Costa mantém-se ainda muito abaixo dos 12,6 valores (numa escala de 0 a 20) de Maio de 2018, mas consegue subir 0,4 valores em relação ao mês passado (para 9,8). Catarina Martins mantém-se em segundo lugar com 8,2 valores, seguida por Jerónimo de Sousa, com 7,9. Rui Rio fica-se pelos 7,4 e Assunção Cristas pelos 6,3.
A sondagem que apresenta estes valores foi efectuada pela Aximage e publicada esta segunda-feira no Correio da Manhã e no Jornal de Negócios. As 601 entrevistas telefónicas foram realizadas entre os dias 3 e 8 de Maio, justamente quando a crise estava ao rubro: António Costa já tinha admitido demitir-se (no dia 3) e Rui Rio e Assunção Cristas já tinham ensaiado o recuo (no dia 5), que viria a concretizar-se nas votações de 10 de Maio. No entanto, o estudo não tem qualquer pergunta sobre esse acontecimento político.
Além do PS e do PSD, que sobem respectivamente de 34,6 para 35,4% e de 27,3 para 27,6% nas intenções de voto, só a CDU melhora a sua prestação, aumentando de 7 para 7,2%. O Bloco perde 0,6 pontos percentuais (descendo para 7,9%) e o CDS é o que mais desce, passando de 8,5 para 7,4%. Apesar de as eleições estarem cada vez mais próximas, o que continua a subir é o nível previsto da abstenção, que era de 36,4% em Abril e passou para 36,7% em Maio.
Noutra questão colocada aos inquiridos, sobre a personalidade em quem mais confiam para assumir o cargo de primeiro-ministro, António Costa continua à frente, destacado, com 52,8%, uma marca positiva que reforça relativamente a Abril (51%). Rui Rio, pelo contrário, desce de 30,5 para 29,5%.
Quem também perdeu pontos face ao mês passado foi Marcelo Rebelo de Sousa, que está hoje nos 15,3 valores (em 20) bem longe da sua nota mais alta, há um ano (18,3 valores), mas a recuperar lentamente da sua pior avaliação, de 14,5 valores) em Fevereiro.
Registe-se ainda um dado deste barómetro da Aximage: os pequenos partidos, como a Aliança e o PAN, estão a perder espaço eleitoral. A Aliança desce de 1,6 para 1,4% e o PAN de 2,4 para 1,6%.
Mário Centeno mantém-se como o ministro mais bem avaliado do Governo: 42,6% dos inquiridos consideram que o ministro das Finanças é o melhor elemento da equipa de António Costa. O também presidente do Eurogrupo subiu 10,6 pontos percentuais num mês.