JSD propõe plataforma para incentivar jovens à participação nos projectos europeus
Manifesto para as próximas eleições europeias estabelece 12 propostas.
A criação de uma plataforma digital que permita aos cidadãos participar mais directamente nos projectos da União Europeia é uma das 12 propostas da JSD para as próximas eleições europeias.
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A criação de uma plataforma digital que permita aos cidadãos participar mais directamente nos projectos da União Europeia é uma das 12 propostas da JSD para as próximas eleições europeias.
No manifesto a que o PÚBLICO teve acesso, as 12 propostas abrangem áreas tão diversas como o digital, educação e formação, acesso a cultura, alterações climáticas, energias renováveis e emprego. Mas têm um traço geral. “A preocupação transversal é a da aproximação dos cidadãos à União Europeia”, disse ao PÚBLICO a líder da JSD, Margarida Balseiro Lopes. É nessa lógica que está prevista a criação de uma plataforma de crowdsourcing para permitir que os cidadãos possam dar a sua opinião sobre propostas em discussão ou submeter a sua própria ideia para que possa ser debatida com outros cidadãos e com os eurodeputados.
A medida é uma forma e incentivar a interacção com a União Europeia. De acordo com o manifesto, nos últimos anos, foram enviadas apenas 10169 petições ao Parlamento Europeu, grande parte das quais com “zero apoiantes”.
Outras das duas propostas que servem para tentar contrariar este distanciamento são a do incentivo à comunicação em tempo real – live chats, e a utilização de inquéritos online por parte de eurodeputados – bem como a da expansão do orçamento participativo. Esta proposta para um projecto-piloto já foi apresentada pelo eurodeputado do PSD José Manuel Fernandes a pedido de Lídia Pereira, enquanto presidente do YEPP (Juventude do Partido Popular Europeu) e que agora é número dois da lista liderada por Paulo Rangel.
No manifesto para as europeias, a JSD estabelece ainda o alargamento da base social ao programa ERASMUS +, ao propor alterações no módulo de pagamento da bolsa, e uma modificação do modelo de conversão de notas para garantir um processo de equivalências “transparente e justo”. Na área da educação, os jovens sociais-democratas querem ultrapassar a desvantagem dos portugueses na aprendizagem de línguas estrangeiras e avançam com o desenvolvimento de summercamps dedicados ao ensino de línguas para alunos do ensino secundário.
Entre as 12 propostas (tantas quantas as estrelas da bandeira da União Europeia), a JSD defende a uniformização da oferta de conteúdos por plataformas de streaming (transmissão contínua em directo) no espaço europeu para ultrapassar as “diferenças” entre países no acesso a conteúdos neste meio.
Como forma de incentivar os jovens a viajar pela Europa (através do programa DiscoverEU, um interrail gratuito), a JSD quer o alargamento das parcerias para o alojamento local. É também com o sentido de incentivar o aproveitamento de oportunidades de emprego no espaço europeu que o manifesto propõe a criação de gabinetes da EURES, uma rede de cooperação para facilitar a livre circulação de trabalhadores, nas universidades e politécnicos.
No âmbito das alterações climáticas e das energias renováveis, as soluções propostas pela JSD passam pelo reforço dos incentivos fiscais para melhoria da eficiência energética na indústria bem como a aplicação de benefícios fiscais para particulares na instalação de tecnologias e infra-estruturas que aproveitem as chamadas energias limpas.