Seis mortos em ataque contra igreja no Burkina Faso
Foi o segundo atentado contra uma igreja nas últimas semanas na mesma região.
Seis pessoas morreram num ataque contra uma igreja católica no Norte do Burkina Faso durante a missa de domingo, de acordo com a Reuters, que cita o presidente da Câmara de Dablo, Ousmane Zongo. Entre as vítimas está o padre que estava a celebrar a missa, quando um grupo de 20 a 30 homens armados entrou na igreja e começou a disparar.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Seis pessoas morreram num ataque contra uma igreja católica no Norte do Burkina Faso durante a missa de domingo, de acordo com a Reuters, que cita o presidente da Câmara de Dablo, Ousmane Zongo. Entre as vítimas está o padre que estava a celebrar a missa, quando um grupo de 20 a 30 homens armados entrou na igreja e começou a disparar.
Este foi o segundo ataque contra uma igreja em menos de um mês no Burkina Faso. No final de Março, seis pessoas morreram num atentado numa igreja protestante em Silgadji, também no Norte do país.
“Incendiaram a igreja, depois algumas lojas e um restaurante, e foram para o centro de saúde, onde passaram revista ao local e incendiaram o carro do enfermeiro-chefe”, relatou à agência AFP o presidente da Câmara de Dablo.
O ataque deste domingo acontece dois dias depois da libertação de quatro reféns franceses capturados por um grupo jihadista maliano. A operação foi levada a cabo por um grupo de forças especiais francesas, na qual morreram dois soldados franceses.
Historicamente, o Burkina Faso era conhecido como um país tolerante com as várias religiões praticadas – a população é maioritariamente muçulmana, embora conte com uma considerável comunidade católica. Mas desde há quatro anos que se confronta com ataques cada vez mais frequentes atribuídos a grupos jihadistas, entre os quais o Ansarul Islam, o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM) e o Estado Islâmico do Grande Sara.
Desde 2015 que cerca de 400 pessoas morreram em ataques deste género, sobretudo no Norte do país, numa estimativa feita pela agência noticiosa AFP, mas também noutras regiões. Há três anos, um ataque no coração da capital, Ouagadougou, reivindicado pela Al-Qaeda no Magrebe Islâmico, causou 29 mortos, incluindo um cidadão português.