Protesto no Queimódromo no Porto contra “cultura machista”

Movimento decidiu avançar com “acções de protesto, mas também de sensibilização”, à porta do recinto.

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Martin Henrik

Cerca de 50 pessoas reunidas no Porto decidiram protestar nesta sexta-feira e no sábado no Queimódromo, contra a cultura de violação e machismo, após a divulgação de vídeos de teor sexual alegadamente feitos em barracas da Queima das Fitas.

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Cerca de 50 pessoas reunidas no Porto decidiram protestar nesta sexta-feira e no sábado no Queimódromo, contra a cultura de violação e machismo, após a divulgação de vídeos de teor sexual alegadamente feitos em barracas da Queima das Fitas.

Numa reunião diante da reitoria da Universidade do Porto, numa assembleia aberta do Movimento A Colectiva, foi decidido avançar com “acções de protesto, mas também de sensibilização” à porta do recinto nos dois últimos dias daquele evento, disse à Lusa Tainara Machado.

A representante do movimento adiantou que no encontro os presentes “debateram sobre o conceito de violação que tem a justiça” e “reflectiram sobre a cultura da violação existente nas instituições de ensino, nos espaços públicos de lazer e no meio social”.

Segundo a também estudante doutoranda de Sociologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, as acções desta sexta e de sábado, últimos dois dias da Queima das Fitas, vão ser “simbólicas, deixando claro a crítica à cultura de violação e machista”.

O movimento agendou nova assembleia para a próxima semana para “pensar em acções de esclarecimento sobre a cultura de violação”.

A responsável do movimento adiantou que o objectivo é “chegar às mulheres que já estejam no ensino superior e se tornem empoderadas e saibam os seus direitos e que possam proteger-se da cultura de violação”.