Coreia do Norte lança mísseis, EUA apreendem navio de Kim
O regime de Pyongyang está insatisfeito com o falhanço da cimeira no Vietname entre Kim Jong-un e Donald Trump, e Washington está a retomar lógica de confronto.
A Coreia do Norte fez um novo lançamento ontem, do que devem ser dois novos mísseis de curto alcance, avançam as autoridades da Coreia do Sul. É o segundo lançamento em menos de uma semana, e os Estados Unidos começaram a responder com uma ofensiva diplomática.
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A Coreia do Norte fez um novo lançamento ontem, do que devem ser dois novos mísseis de curto alcance, avançam as autoridades da Coreia do Sul. É o segundo lançamento em menos de uma semana, e os Estados Unidos começaram a responder com uma ofensiva diplomática.
Desta vez, o lançamento aconteceu quando o enviado especial os Estados Unidos para a Coreia do Norte estava em Seul, a capital sul-coreana, diz a Reuters e o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, interpretou estes ensaios como um protesto de Pyongyang por Donald Trump e Kim Jong-un não terem chegado a acordo sobre o levantamento de sanções à Coreia de Norte na cimeira dos dois líderes no Vietname, em Fevereiro. “A Coreia do Norte pareceu insatisfeita por não ter podido fazer um acordo em Hanói”, disse Moon Jae-in à televisão sul-coreana KBS.
O projéctil foi disparado a partir de uma Sino-ri, um local a Noroeste na Coreia do Norte, onde se julga existir uma base de lançamento de mísseis balísticos de curto e médio alcance Rodong, diz o New York Times.
Durante o dia, os EUA apreenderam um navio norte-coreano de transporte de carvão, que acusam de violar as sanções impostas ao país.
Ao mesmo tempo, no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, o diplomata norte-americano Mark Cassayre classificou a situação na Coreia do Norte como “deplorável, sem paralelo no mundo moderno”, e apelou ao “encerramento e desmantelamento dos campos de prisioneiros políticos”.
Investigadores da ONU calculam que entre 80 mil a 120 mil pessoas estejam em detenção nestes campos, onde há tortura e outras violações dos direitos humanos, num nível que poderá ser classificado como crime contra a humanidade.