Sete pequenos partidos à procura de novas ideias para a Europa
Sete partidos que se propõem a estar no Parlamento Europeu responderam na SIC Notícias a perguntas sobre a posição de Portugal na Europa, os extremismos e a problemática dos migrantes e refugiados.
Numa altura em que decorre a campanha para as eleições europeias, os cabeças-de-lista dos pequenos partidos e movimentos não ficaram de fora dos debates televisivos. Esta terça-feira, a SIC Notícias promoveu um debate onde estiveram reunidos Rui Tavares, do Livre; Ricardo Arroja, da Iniciativa Liberal; Paulo Almeida Sande, do Aliança; Paulo Morais, do Nós Cidadãos; Francisco Guerreiro, do PAN; André Ventura, do Basta; e Luís Júdice do PCTP/MRPP.
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Numa altura em que decorre a campanha para as eleições europeias, os cabeças-de-lista dos pequenos partidos e movimentos não ficaram de fora dos debates televisivos. Esta terça-feira, a SIC Notícias promoveu um debate onde estiveram reunidos Rui Tavares, do Livre; Ricardo Arroja, da Iniciativa Liberal; Paulo Almeida Sande, do Aliança; Paulo Morais, do Nós Cidadãos; Francisco Guerreiro, do PAN; André Ventura, do Basta; e Luís Júdice do PCTP/MRPP.
A discussão centrou-se em temas relacionados com a relação entre Portugal e a comunidade europeia, materializados em quatro perguntas: “O que trazem de novo a estas eleições Europeias e o que os torna melhores que os partidos tradicionais?”; “Imaginem que um barco com refugiados está perto da costa portuguesa e pede para entrar. Qual é a vossa decisão?”; “O que é que mudavam na relação entre Portugal e a União Europeia?”; e “Preocupam-se com este crescimento da extrema-direita e esquerda?”.
Rui Tavares incluiu o Livre como um grupo que poderá dar novas ideias para contrariar os elevados números da abstenção, que considera não mudar com os partidos portugueses actualmente no Parlamento Europeu. Mais adiante, quando abordado sobre a questão dos refugiados, reconheceu que a Europa não tem lidado bem com este assunto e lembrou que “98% dos refugiados quer voltar a casa”.
Ricardo Arroja, a voz e o cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal, salientou que a Europa deve ser um espaço de “humanismo” e “oportunidades" e não de burocracias excessivas. Defendeu ainda que o “Parlamento Europeu está limitado pela agenda do Conselho Europeu” e os “extremismos” não podem ser um factor que coloque em causa toda a coesão dos estados-membros. Além disso, Arroja afirmou que, caso seja eleito, não irá aceitar subvenção partidária.
Paulo Sande, que acredita que o Aliança vai conseguir eleger dois deputados para o Parlamento Europeu, defendeu que “o problema da legislação europeia é que chega a Portugal muito tarde”. "O processo de decisão europeu tem um prazo de 2 a 3 anos, quando chega a Portugal já está no seu final”, explicou. Sobre os refugiados, Sande afirmou que a Europa tem a obrigação de resolver esse problema a partir do momento da sua chegada.
Paulo Morais diz que o Nós Cidadãos aspira fazer uma “campanha de proximidade” e defendeu que Portugal também deve crescer ao lado da Europa, para os portugueses sentirem que têm “mais direitos” e não ficar na “cauda”. Este cabeça-de-lista apoiou a recepção de refugiados no país e o seu tratamento com dignidade.
Francisco Guerreiro defendeu que é novamente primeiro nome do Partido Pessoas Animais e Natureza (PAN) nas europeias com o objectivo de trazer “a independência energética e trazer os jovens para a política”, numa altura em que diz viver-se “no pré-colapso ecológico”. Este considerou que a extrema-direita é um perigo a combater enquanto há falta de representatividade no Parlamento Europeu para legislar. Sobre os refugiados e a imigração, o representante do PAN defende a criação de critérios para "perceber o tipo de pessoas que entra na União Europeia”.
André Ventura diz que não se sente e nem se preocupa por o considerarem “o rosto da extrema-direita. “Isso para as pessoas vale zero”, defendeu o cabeça-de-lista do Basta que associou o descontentamento da população a atitudes extremistas. Ventura aproveitou para esclarecer que o partido tem tido bastante apoio e criticou todas as suspeitas que foram levantadas. “Ou não há controlos ou ninguém entra (em Portugal)”, respondeu sobre o tópico dos refugiados e migrantes, apesar de dizer que o Basta não quer fechar a Europa nem fazer uma “Europa-fortaleza”.
Luís Júdice explicou que PCTP/MRPP é o “único partido” a defender a saída de Portugal do euro e da União Europeia — “é a única solução” — e justificou os extremismos com o aumento da pobreza. Este partido encontra-se sem líder após a morte do seu fundador, Arnaldo Matos, sendo o seu sucessor votado num congresso com data a definir.