Principal motor da epidemia da obesidade está nas zonas rurais

Análise de dois mil estudos com dados sobre mais de 112 milhões de adultos de várias regiões do mundo mostra que as populações rurais estão a contribuir mais com 55% para o excesso de peso e obesidade global.

Foto
Peso das zonas rurais nas contas da epidemia da obesidade será superior ao que se pensava Helena Colaço Salazar

Sempre associámos as zonas urbanas a níveis mais elevados de excesso de peso e obesidade e, na mesma linha, concluímos que este problema é menos preocupante entre as populações rurais. A nível global, quando somamos os países mais pobres, este conceito, afinal, estará errado. Um artigo publicado na revista Nature apresenta os resultados de uma análise a 2009 estudos com dados sobre as medidas de altura e peso de mais de 112 milhões de adultos, concluindo que, nos últimos 30 anos, o aumento do índice de massa corporal (IMC) nas zonas rurais tem sido o principal motor da epidemia da obesidade. É preciso adaptar as políticas de saúde a esta realidade, reclamam os cientistas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Sempre associámos as zonas urbanas a níveis mais elevados de excesso de peso e obesidade e, na mesma linha, concluímos que este problema é menos preocupante entre as populações rurais. A nível global, quando somamos os países mais pobres, este conceito, afinal, estará errado. Um artigo publicado na revista Nature apresenta os resultados de uma análise a 2009 estudos com dados sobre as medidas de altura e peso de mais de 112 milhões de adultos, concluindo que, nos últimos 30 anos, o aumento do índice de massa corporal (IMC) nas zonas rurais tem sido o principal motor da epidemia da obesidade. É preciso adaptar as políticas de saúde a esta realidade, reclamam os cientistas.