UNITA vai divulgar testes de ADN de Savimbi na segunda-feira

Os resultados estão prontos. O segundo maior partido angolano quer fazer cerimónia fúnebre do seu fundador a 25 de Maio, dia de África.

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Jonas Savimbi WALTER DHLADHLA/REUTERS

O resultado do teste de ADN que a família de Jonas Savimbi e a UNITA tinham pedido a um laboratório da África do Sul e se se confirmar aquilo que já dizia o teste encomendado pelo Governo ao Instituto de Medicina Legal do Porto, os restos mortais do fundador do segundo maior partido de Angola serão mesmo enterrados a 25 de Maio, data simbólica por ser o Dia de África.

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O resultado do teste de ADN que a família de Jonas Savimbi e a UNITA tinham pedido a um laboratório da África do Sul e se se confirmar aquilo que já dizia o teste encomendado pelo Governo ao Instituto de Medicina Legal do Porto, os restos mortais do fundador do segundo maior partido de Angola serão mesmo enterrados a 25 de Maio, data simbólica por ser o Dia de África.

A informação foi avançada ao PÚBLICO pelo líder da bancada parlamentar da UNITA, Adalberto da Costa Júnior: “Os testes estão prontos. Os envelopes serão abertos, em princípio na segunda-feira, na presença da família, Governo e UNITA”.

Savimbi, morto em combate a 22 de Fevereiro de 2002, vai assim, finalmente ser enterrado junto do pai e da mãe na aldeia onde nasceu, tal como era seu desejo expresso. O fundador da UNITA, e uma das principais figuras da história de Angola, estava enterrado no cemitério do Luena, capital da província do Moxico, no leste do país.

Tudo indica que se cumprirá a data de 25 de Maio, caso os resultados sejam positivos”, acrescentou o deputado do partido do Galo Negro.

Desde a morte de Savimbi que a família e os dirigentes solicitavam autorização para transladar o corpo, para cumprir o último desejo do próprio, mas o então Presidente José Eduardo dos Santos sempre respondeu com silêncio às variadas solicitações. Como dizia recentemente ao PÚBLICO Alcides Sakala, deputado e porta-voz da UNITA, o antigo chefe de Estado portou-se sempre nesta situação como “um vencedor” da guerra.

Só com a chegada de João Lourenço à presidência de Angola se notou uma mudança de atitude – um “novo paradigma”, como lhe chama Sakala – em relação à oposição, nomeadamente àquela que participou na guerra civil. 

Já se revelou no ano passado, quando a UNITA pôde levar a cabo a transladação dos restos mortais do general Ben Ben, antigo comandante das forças armadas da UNITA, as FALA. O militar morreu vítima de paludismo (malária) em 1998 na África do Sul, onde estava enterrado, porque nessa altura ainda havia guerra em Angola.

Desde o ano passado, o general, que era sobrinho de Savimbi, está no cemitério da família na aldeia do Lopitanga, para onde irá agora o tio.