Conservadores e trabalhistas castigados nas eleições locais inglesas
Liberais Democratas, um partido pró-europeu, foram quem mais subiu nestas eleições marcadas pelo processo do “Brexit”.
Os resultados das eleições locais em Inglaterra e na Irlanda do Norte foram uma grande punição para o bloqueio político em que o Governo de Theresa May (Partido Conservador) e a oposição liderada pelo Partido Trabalhista de Jeremy Corbyn deixaram o país devido ao “Brexit”. Ambos os partidos sofreram grandes perdas, em especial o de May, e os grandes vencedores foram os Liberais Democratas, europeístas e a favor da permanência do Reino Unido na União Europeia, que elegeram mais 466 vereadores do que nas últimas eleições, em 2015.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os resultados das eleições locais em Inglaterra e na Irlanda do Norte foram uma grande punição para o bloqueio político em que o Governo de Theresa May (Partido Conservador) e a oposição liderada pelo Partido Trabalhista de Jeremy Corbyn deixaram o país devido ao “Brexit”. Ambos os partidos sofreram grandes perdas, em especial o de May, e os grandes vencedores foram os Liberais Democratas, europeístas e a favor da permanência do Reino Unido na União Europeia, que elegeram mais 466 vereadores do que nas últimas eleições, em 2015.
O Partido Conservador, que tinha ganho em 2015, perdeu 811 vereadores – e no computo geral desta eleição, tem 28% dos votos. Está empatado no primeiro lugar com os trabalhistas, que perderam 86 vereadores em relação há quatro anos. A seguir estão os Liberais Democratas, com 19% - mas com uma grande recuperação comparativamente às últimas eleições.
Sajid Javid, o ministro do Interior, reconheceu que o resultado “desaponta”, mas avisou que a votação nas eleições europeias, em que o Reino Unido nem sequer deveria ter de participar, se o calendário do “Brexit” tivesse seguido de acordo com os planos iniciais (passou de 29 de Março para Outubro), pode ainda ser pior. “As eleições europeias vão ser um desafio ainda maior. Será um veredicto sobre a capacidade de fazermos o ‘Brexit’. Será como pedir a opinião sobre as taxas da Amazon ainda antes de ter chegado a encomenda”, afirmou o ministro, ao discursar no congresso dos tories escoceses, em Aberdeen, citado pelo Guardian.
A primeira-ministra Theresa May interpretou a mensagem dos eleitores como “despachem-se com o ‘Brexit’”. Embora tenha assistido a renovados pedidos de figuras do seu partido para que deixe a direcção do país e dos conservadores, como da ex-ministra e brexiteer Priti Pattel. “O povo disse categoricamente que Theresa May é parte do problema”, declarou Pattel à BBC.
O Partido do “Brexit” e o Change UK-Grupo Independente não participavam nestas eleições, mas vão estar nas europeias. O primeiro – liderado por Nigel Farage lidera as sondagens.