Centeno: “O que vimos foi a esquerda a desviar-se para ser ultrapassada pela direita”
“O que foi aprovado não foi a proposta do BE nem do PCP, mas sim o diploma que tem na raiz as propostas do CDS e do PSD”, defendeu Mário Centeno
O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou hoje que a aprovação das propostas de alteração que recuperam o tempo integral de serviço dos professores mostram “a esquerda a desviar-se para ser ultrapassada pela direita”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou hoje que a aprovação das propostas de alteração que recuperam o tempo integral de serviço dos professores mostram “a esquerda a desviar-se para ser ultrapassada pela direita”.
“O que ontem vimos foi a esquerda a desviar-se para ser ultrapassada pela direita e aprovar algo que não estava nas nossas posições comuns”, disse o ministro das Finanças em entrevista à SIC.
Mário Centeno considerou que o diploma “na sua raiz” correspondia às propostas do CDS e do PSD e o que o Bloco de Esquerda (BE) e o PCP fizeram foi “abster-se numa boa parte do diploma”.
“O que foi aprovado não foi a proposta do BE nem do PCP, mas sim o diploma que tem na raiz as propostas do CDS e do PSD às quais estes partidos tiraram os travões da sustentabilidade”, sublinhou o governante. “Em política, e em particular na condução da governação, as cautelas não se medem por estarmos ou não sozinhos”, considerou.
Na entrevista feita no final do dia em que António Costa anunciou que, caso a lei sobre o descongelamento do tempo de serviço dos professores seja aprovada o executivo que lidera irá demitir-se, o ministro das Finanças reiterou os números do Governo. “Nenhum partido com assento parlamentar colocou esta matéria no seu plano eleitoral. 800 milhões de euros têm uma capacidade de Orçamento do Estado muito grande. Implementados os dois decretos de lei, passamos de uma despesa de 240 milhões de euros para 800 milhões de euros”, afirmou Mário Centeno.