Exames de ADN aos restos mortais de Jonas Savimbi estão concluídos
UNITA quer realizar uma cerimónia fúnebre ao seu líder histórico na terra natal de Savimbi.
A UNITA anunciou esta quinta-feira que já têm os resultados dos testes de ADN que pediu para confirmar que os restos mortais que pretende trasladar para a sua aldeia natal de Lopitanga, município do Andulo, província do Bié, são mesmo do líder fundador do maior partido da oposição angolana.
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A UNITA anunciou esta quinta-feira que já têm os resultados dos testes de ADN que pediu para confirmar que os restos mortais que pretende trasladar para a sua aldeia natal de Lopitanga, município do Andulo, província do Bié, são mesmo do líder fundador do maior partido da oposição angolana.
Em comunicado, a presidência da UNITA diz que já estão prontas análises feitas por especialistas forenses sul-africanos. As amostras de material genético foram colhidas em Janeiro, nas ossadas que estavam na campa onde foi enterrado Jonas Savimbi em 2002, depois de ter sido morto pelo exército angolano.
A UNITA teve autorização para exumar o corpo do cemitério do Luena, capital do Moxico, com o objectivo de fazer uma cerimónia fúnebre ao seu fundador e líder histórico. Mas pretendia confirmar a identidade do corpo, e para isso foi necessário fazer os testes de ADN, usando como referência familiares de Jonas Savimbi.
Segundo o comunicado, lido pelo porta-voz da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Alcides Sakala, os resultados serão conhecidos e tornados públicos “brevemente, depois de cumpridas formalidades próprias a observar com as autoridades governamentais angolanas”. O anúncio dos resultados contará com a presença dos especialistas sul-africanos, que deverão chegar a Luanda “a qualquer momento”.
As exéquias de Jonas Savimbi tinham inicialmente sido marcadas para o dia 6 de Abril, mas devido a atrasos nos resultados das análises de ADN foram adiadas. Agora, a UNITA gostaria que se realizassem a 25 de Maio – dia de África.
Além dos exames da UNITA, realizados por especialistas sul-africanos, também o Governo angolano realizou os seus a duas instituições, uma portuguesa e outra angolana, devendo posteriormente ser feito o cruzamento de dados.
O Governo angolano garantiu no início de Janeiro estarem criadas as condições para a exumação dos restos mortais de Jonas Savimbi, mas avisou que o funeral não terá honras de Estado, uma vez que o antigo presidente da UNITA “não pertencia à família governamental quando faleceu.”
O posicionamento do Governo, segundo Rafael Massanga Savimbi, filho de Jonas Savimbi, não preocupa “a família e muito menos a direcção do partido” porque, observou, o pai “não é reconhecido por decretos”.