A determinada altura, neste romance requintadamente morno — o advérbio é uma homenagem aos meus conspícuos colegas de ofício anglo-saxónicos que, a seu tempo, entornaram elogios sobre este romance, o adjectivo só podendo, portanto, ser meu —, a protagonista, que é também a narradora quase exclusiva da história, alude às qualidades da prosa de Agatha Christie: “Podem apregoar o que quiserem sobre a subtileza psicológica de Proust e a envergadura narrativa de Tolstoi, mas não podem dizer que a senhora Christie não é uma leitura prazerosa. Os livros dela são tremendamente gratificantes. / Sim, obedecem a uma fórmula, mas essa é precisamente uma das razões que os tornam tão gratificantes.” (p. 305)
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A determinada altura, neste romance requintadamente morno — o advérbio é uma homenagem aos meus conspícuos colegas de ofício anglo-saxónicos que, a seu tempo, entornaram elogios sobre este romance, o adjectivo só podendo, portanto, ser meu —, a protagonista, que é também a narradora quase exclusiva da história, alude às qualidades da prosa de Agatha Christie: “Podem apregoar o que quiserem sobre a subtileza psicológica de Proust e a envergadura narrativa de Tolstoi, mas não podem dizer que a senhora Christie não é uma leitura prazerosa. Os livros dela são tremendamente gratificantes. / Sim, obedecem a uma fórmula, mas essa é precisamente uma das razões que os tornam tão gratificantes.” (p. 305)