Sporting e FC Porto castigados com pavilhões à porta fechada

“Leões” manifestaram repúdio por castigos a cânticos homofóbicos em jogos de futsal. “Dragões” punidos por um adepto ter agredido dirigente sportinguista durante partida de hóquei.

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O jogo de hóquei em patins entre o FC Porto e o Sporting aconteceu a 16 de Março LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO (arquivo)

Em modalidades distintas e por diferentes motivos, o mesmo castigo. O futsal do Sporting e o hóquei em patins do FC Porto souberam esta quarta-feira que terão jogos à porta fechada. Os “leões” foram punidos com quatro jogos de futsal sem adeptos no Pavilhão João Rocha, enquanto os portistas serão castigados com três jogos de hóquei interditados no Dragão Caixa.

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Em modalidades distintas e por diferentes motivos, o mesmo castigo. O futsal do Sporting e o hóquei em patins do FC Porto souberam esta quarta-feira que terão jogos à porta fechada. Os “leões” foram punidos com quatro jogos de futsal sem adeptos no Pavilhão João Rocha, enquanto os portistas serão castigados com três jogos de hóquei interditados no Dragão Caixa.

Primeiro foi o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a castigar o Sporting. O organismo federativo justificou-se com cânticos de teor homofóbico vindos das claques verde e brancas contra um jogador do Burinhosa, a 16 de Outubro de 2018, e outro do Sp. Braga, a 27 de Outubro de 2018.

Por cada incidente relatado nestes jogos, o Conselho de Disciplina da FPF segue as mais recentes indicações da UEFA e da FIFA e castiga duplamente o Sporting com dois jogos à porta fechada. Acresce também uma multa de 4080 euros para o Sporting porque o jogo com o Sp. Braga foi interrompido devido a uma cuspidela de um adepto ao guarda-redes bracarense.

O acórdão do Conselho de Disciplina referiu também que o Sporting não tomou medidas para acabar com este tipo de comportamento junto das suas claques. O clube reagiu e considerou “absolutamente incompreensível a anunciada decisão da FPF de interditar o Pavilhão João Rocha para os jogos de futsal”. “São inconcebíveis as razões invocadas para tal deliberação, quando assistimos, noutros pavilhões e estádios, a recorrentes e impunes insultos, cuspidelas, agressões aos nossos atletas, treinadores e dirigentes, assim como a cânticos e assobios que exultam a mortes de pessoas”, disse o Sporting em comunicado, onde também lamentou a altura da divulgação desta decisão uma vez que está no Cazaquistão a preparar a final four da Liga dos Campeões de futsal. 

Os “leões” prometem recorrer “junto dos tribunais competentes e requerer o decretamento de medida cautelar com vista à imediata suspensão dos efeitos da decisão”. O clube poderá recorrer ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) nos próximos dias e ter este castigo suspenso até existir uma deliberação final.

Mais tarde, foi o pavilhão do FC Porto, o Dragão Caixa, a ser também alvo de castigos, devido a incidentes num jogo de hóquei em patins frente ao Sporting. Nesse “clássico” a 16 de Março, o director-geral das modalidades dos “leões”, Miguel Albuquerque, e a sua mulher estavam no camarote presidencial e acabaram agredidos por um adepto portista que estava instalado num camarote de empresa.

“Ponderada a prova produzida, bem como todo o circunstancialismo fático, a conduta do clube arguido, a necessidade de prevenção de futuras infracções, que se considera elevada, e gravidade da situação ocorrida, propõe-se sancionar o clube arguido, FC Porto, com pena de interdição de campo pelo período de 3 (três) jogos e multa equivalente 2 (dois) salários mínimos nacionais (1160 euros)”, de acordo com a agência Lusa.

Os incidentes ocorreram na 20.ª jornada do campeonato nacional de hóquei em patins, onde o FC Porto venceu 3-1. Os “dragões” ainda não reagiram à punição aplicada pelo CD da FPP.