É este o novo símbolo de uma geração que se rebela pelo futuro da Terra?

Um artista londrino criou a ampulheta que saiu à rua com os protestos do Extinction Rebellion — o movimento global que ficou conhecido em Portugal depois de quatro activistas interromperem a intervenção do primeiro-ministro. É o símbolo da paz de uma geração cuja luta é o “colapso da biodiversidade”.

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Os cartazes com desenhos de um globo azul e verde a derreter levantaram-se durante as greves dos estudantes pelo clima que Greta Thunberg começou com um aviso: “Estamos a ficar sem tempo”. E este alerta ganhou um símbolo: uma ampulheta dentro de uma circunferência.

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Os cartazes com desenhos de um globo azul e verde a derreter levantaram-se durante as greves dos estudantes pelo clima que Greta Thunberg começou com um aviso: “Estamos a ficar sem tempo”. E este alerta ganhou um símbolo: uma ampulheta dentro de uma circunferência.

“O mundo está a passar por uma extinção em massa e este símbolo quer ajudar a criar consciência da necessidade urgente de mudança”, lê-se no site dedicado ao Símbolo da Extinção, que também tem uma conta no Twitter, desde Março de 2012.

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Símbolo da extinção

Porque é que só agora o começamos a ver em bandeiras, stencils, posters, t-shirts, cartazes, redes sociais? A ampulheta criada por um ilustrador londrino, conhecido como ESP — e disponível para download e uso livre, mas não para fins comerciais —, saiu à rua em massa como símbolo oficial dos protestos globais do Extinction Rebellion (XR), o movimento de “rebelião climática” global com focos em mais de 350 localizações

Em entrevista ao Eco Hustler, um site dedicado à ecologia, o artista disse que começou a criar uma representação para a crise da extinção depois de perceber “que o movimento ambiental não tinha um símbolo associado”. Criou o ícone, admite, com “esperanças que este começasse a ser espalhado nas paredes das cidades como se fosse uma confrontação visual” que também dá visibilidade “a um movimento de resistência emergente”. E exige aos governos que digam “a verdade acerca da crise climática e da emergência ecológica em que vivemos" e implemente “políticas pró-ambientais sólidas”. 

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Quando chegou à ampulheta, o artista enviou um email para o mostrar a 20 grupos ambientais que “não ajudaram a torná-lo popular”. No Verão passado, conta, um novo grupo que começava a juntar-se mostrou-se interessado por usar o símbolo que começava a ganhar popularidade online. “As coisas escalaram muito rápido depois disso”, observa. 

É em Londres que a desobediência civil pacífica está a ter mais impacto: desde 15 de Abril, mais de mil manifestantes já foram presos depois de bloquearem a cidade. Em Novembro, o XR já tinha cortado cinco pontes no centro da capital inglesa. Em Portugal, activistas ligados ao movimento internacional montaram uma rede de plástico à porta da Nestlé, apareceram na sede da EDP, interromperam as intervenções do ministro do Ambiente, uma emissão da CMTV e, no início da semana, o discurso de António Costa, no 46.º aniversário do Partido Socialista (PS).

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