Começaram os trabalhos para a cobertura e protecção da Catedral de Notre-Dame

Os trabalhos vão começar pelo coro da catedral. Macron fixou um prazo de cinco anos para concluir a reconstrução.

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Uma espécie de imenso “guarda-chuva” deverá ser instalado para proteger a Notre-Dame das intempéries Reuters/BENOIT TESSIER

Os trabalhos para a cobertura e protecção da Notre-Dame de Paris começaram esta terça-feira pelo interior do monumento antes do regresso da chuva prevista para quarta-feira em Paris, indicou um responsável da comunicação da catedral.

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Os trabalhos para a cobertura e protecção da Notre-Dame de Paris começaram esta terça-feira pelo interior do monumento antes do regresso da chuva prevista para quarta-feira em Paris, indicou um responsável da comunicação da catedral.

“Os trabalhos de cobertura começaram”, declarou à agência noticiosa France-Presse (AFP) André Finot. “Vamos começar pelo coro, e de seguida pela nave”, precisou.

As degradações provocadas no edifício pela grande quantidade de água utilizada pelos bombeiros no combate ao incêndio de 15 de Abril e o estado das obras de arte que se encontram no seu interior constituem a actual prioridade para as equipas envolvidas na recuperação da catedral.

Uma espécie de imenso “guarda-chuva” deverá ser instalado para proteger o edifício das intempéries, e antes do início dos trabalhos de reconstrução. Esta instalação poderá prolongar-se por semanas.

O Presidente francês Emmanuel Macron fixou um prazo de cinco anos para concluir a reconstrução da catedral. Um período admissível de acordo com diversos peritos, mas demasiado curto segundo outros, em particular devido ao atraso nas avaliações globais.

De acordo com diversos arquitectos escutados pela AFP, a fase prévia ao início efectivo dos trabalhos deverá ser a mais longa e complexa.

Será ainda necessário promover o concurso internacional de arquitectos para a reconstrução do pináculo que ruiu nos primeiros 90 minutos do incêndio e, de seguida, deverão ser aplicadas tecnologias modernas para a rápida instalação do estaleiro de obras.

A origem acidental do incêndio, um curto-circuito, continua a ser privilegiada. Mas de momento a causa não está esclarecida, e os resíduos calcinados deverão ser analisados ao pormenor para detectar o menor indício. Apesar de ter sido evocada, a tese de uma acção criminosa parece de momento afastada.