O português Miguel Patrício vai dirigir o gigante Kraft Heinz

Depois de já ter feito parte de empresas como Philip Morris, Coca Cola e Johnson & Johnson, executivo português vai juntar-se à gigante do consumo alimentar.

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Miguel Patrício vai assumir controlo do grupo em Julho DR

Miguel Patrício será, a partir de Julho, o presidente-executivo (CEO, na sigla inglesa) da Kraft Heinz, a quinta maior fabricante alimentar do mundo, cujo maior accionista é a Berkshire Hathaway, do magnata Warren Buffet. O português substituirá o brasileiro Bernardo Hees, que sairá da empresa no mês de Junho, depois de praticamente seis anos enquanto administrador executivo do grupo.

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Miguel Patrício será, a partir de Julho, o presidente-executivo (CEO, na sigla inglesa) da Kraft Heinz, a quinta maior fabricante alimentar do mundo, cujo maior accionista é a Berkshire Hathaway, do magnata Warren Buffet. O português substituirá o brasileiro Bernardo Hees, que sairá da empresa no mês de Junho, depois de praticamente seis anos enquanto administrador executivo do grupo.

Depois de mais de duas décadas ao serviço do grupo cervejeiro AB InBev — os últimos seis anos foram passados enquanto director de marketing —, Miguel Patrício vai procurar dar uma nova imagem à empresa que, só este ano, já viu as acções descerem aproximadamente 20%. O gestor de 52 anos fez toda a carreira empresarial fora de Portugal, passando por multinacionais. A nível académico, Miguel Patrício fez um bacharelato em Gestão de Empresas na Fundação Getulio Vargas, em São Paulo, no Brasil.

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Português já passou por alguns dos maiores grupos do sector CHRISTIAN HARTMANN / REUTERS

Em declarações à CNBC, Miguel Patrício acredita que a experiência no marketing poderá fazer a diferença de forma positiva para a empresa: “Eu trago um perfil muito diferente [do Hees]. O meu perfil pode ajudar o futuro. Não é sobre gostar do que aconteceu, é sobre perceber o futuro. Precisamos de liderar, não de seguir.”

O novo CEO da Kraft Heinz explicou que se focará na melhoria da rapidez do grupo, no crescimento orgânico e na construção da marca, que procurará direccionar mais para os consumidores. Miguel Patrício preferiu não comentar as opções do anterior gestor, acreditando ser “muito natural” que Bernardo Hees seja substituído após seis anos enquanto administrador executivo.

Em 2018, o grupo tinha 38 mil empregados, registou prejuízos de 10,3 mil milhões de dólares (9,1 mil milhões de euros), depois de ter conseguido um lucro de 8 mil milhões de dólares (7,1 mil milhões de euros) em 2017. Desde o anúncio do afastamento de Bernardo Hees, o valor das acções do grupo Kraft Heinz subiu ligeiramente antes da abertura de Wall Street. Actualmente, a Kraft Heinz vale menos de metade do que quando foi criada em 2015, através da fusão da H.J. Heinz e da Kraft Foods.