Como Campanhã vai resgatar a memória para combater a solidão
Junta de freguesia de Campanhã comprou sede da antiga Associação de Gabinete de Recreio de Azevedo e vai transformá-la num centro social e cultural. Memórias de um palco de resistência, teatro, aconchego e bailaricos. Com os olhos postos em dias porvir
Quando Fernando Duarte se põe a falar dos seus tempos de juventude, o quadro por ele pintado parece saído de uma outra geografia. Nas Areias e em Azevedo, lugares da freguesia de Campanhã, havia um sem fim de campos cultivados, fábricas e armazéns, diversas associações e colectividades. Quintas de gente modesta, mas, em anos idos, também casas de veraneio da burguesia. “Isto era um movimento louco”, comenta à porta do número 59 da Rua das Areias, fachada de azulejos verdes e janelas entaipadas. Hoje, naquele edifício imponente, na rua onde nasceu e ainda vive, já não habita a Associação Gabinete de Recreio de Azevedo de Campanhã. Em toda a zona, a mais periférica da freguesia, escasseiam espaços de socialização. Não existem centros para idosos. E isso fez-se marca do território. “As pessoas queixam-se muito. Aqui perto não há nada.”
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Quando Fernando Duarte se põe a falar dos seus tempos de juventude, o quadro por ele pintado parece saído de uma outra geografia. Nas Areias e em Azevedo, lugares da freguesia de Campanhã, havia um sem fim de campos cultivados, fábricas e armazéns, diversas associações e colectividades. Quintas de gente modesta, mas, em anos idos, também casas de veraneio da burguesia. “Isto era um movimento louco”, comenta à porta do número 59 da Rua das Areias, fachada de azulejos verdes e janelas entaipadas. Hoje, naquele edifício imponente, na rua onde nasceu e ainda vive, já não habita a Associação Gabinete de Recreio de Azevedo de Campanhã. Em toda a zona, a mais periférica da freguesia, escasseiam espaços de socialização. Não existem centros para idosos. E isso fez-se marca do território. “As pessoas queixam-se muito. Aqui perto não há nada.”