Trump falou com Haftar ao telefone para lhe dar o seu apoio
Presidente norte-americano “reconheceu o papel significativo desempenhado pelo marechal de campo Haftar na luta contra o terrorismo e na segurança dos recursos petrolíferos líbios”. Ofensiva militar de Haftar em Trípoli já fez mais de 180 mortos e 800 feridos.
A Casa Branca informou, esta sexta-feira, que na segunda-feira o Presidente Donald Trump falou, por telefone, com o comandante líbio Khalifa Haftar. Na conversa foram discutidos os “esforços de contra-terrorismo” do militar que iniciou uma ofensiva contra a capital da Líbia, Trípoli, onde está instalado o governo reconhecido internacionalmente, que já fez 180 mortos e 800 feridos.
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A Casa Branca informou, esta sexta-feira, que na segunda-feira o Presidente Donald Trump falou, por telefone, com o comandante líbio Khalifa Haftar. Na conversa foram discutidos os “esforços de contra-terrorismo” do militar que iniciou uma ofensiva contra a capital da Líbia, Trípoli, onde está instalado o governo reconhecido internacionalmente, que já fez 180 mortos e 800 feridos.
Um comunicado da Casa Branca diz que Trump “reconheceu o papel significativo desempenhado pelo marechal de campo Haftar na luta contra o terrorismo e na segurança dos recursos petrolíferos líbios”. No mesmo documento, pode ler-se que os dois “discutiram uma visão partilhada da transição líbia para um sistema político democrático e estável”.
Não foi claro o motivo pelo qual a Casa Branca demorou vários dias a anunciar a existência da chamada telefónica, que teve lugar na segunda-feira. A Europa e o Golfo estão divididos sobre um possível avanço que permita recuperar Trípoli das forças militares de Haftar.
Nesta sexta-feira, como tem sido habitual, era possível ouvir disparos de morteiro na capital do país, garantiram os residentes da cidade. Na quinta-feira, tanto os Estados Unidos como a Rússia disseram que não iriam apoiar uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que envolvesse um cessar-fogo.
O general Khalifa Haftar ordenou, no início de Abril, uma ofensiva a Trípoli com o objectivo de derrubar o governo liderado por Fayez al-Serraj, escalando o conflito entre o governo de Benghazi e o governo na capital do país.
Haftar apelou à invasão de Trípoli num vídeo publicado na Internet horas depois de as suas forças terem assumido o controlo total de Gharyan. “Para o nosso exército que está nos arredores de Trípoli. Hoje completamos a nossa marcha... Vamos começar em breve”, disse Hafter no vídeo intitulado “Operação para libertar Trípoli”.
Pouco depois do anúncio de Haftar, as suas forças iniciaram o cerco à capital a partir de diferentes posições, nomeadamente al-Heira e Gharyan, duas zonas montanhosas 80 quilómetros a sul de Tripoli.
A Líbia está dividida entre o governo apoiado pelo Ocidente, que tem sede em Trípoli, e uma administração paralela aliada a Haftar desde a queda do regime de Mummar Gaddafi, em 2011.