Motorista de autocarro na Madeira terá usado muros da estrada para tentar parar

Sem marcas de travagem ao longo da estrada ganha força a hipótese de que veículo poderá ter ficado sem travões. Autocarro em que morreram 29 turistas alemães já foi removido do local. Embaixador alemão está a caminho do Funchal.

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Reuters/DUARTE SA

O autocarro acidentado na Madeira foi retirado durante a madrugada desta quinta-feira, pelas 5h30. A estrada continua encerrada, enquanto técnicos da Empresa de Electricidade da Madeira (EEM) procedem a trabalhos de reparação dos postes arrancados na sequência do acidente. Morreram 29 turistas alemães e 22 pessoas ficaram feridas. 

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O autocarro acidentado na Madeira foi retirado durante a madrugada desta quinta-feira, pelas 5h30. A estrada continua encerrada, enquanto técnicos da Empresa de Electricidade da Madeira (EEM) procedem a trabalhos de reparação dos postes arrancados na sequência do acidente. Morreram 29 turistas alemães e 22 pessoas ficaram feridas. 

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Nos muros que ladeiam a estrada imediatamente antes da curva onde aconteceu o despiste são visíveis marcas e sinais deixados pelo autocarro. Um indicador de que o motorista terá tentado travar o veículo recorrendo ao muro.

Sem marcas de travagem ao longo dos 200 metros que separam o hotel Quinta Splendida, de onde saíram, do local do acidente, ganha força a hipótese de que a falta de travões pode ter estado na origem do acidente.

Elementos da PSP estão também no local a recolher indícios, depois de na quarta-feira procuradores do Ministério Público e Polícia Judiciária terem estado na zona.

O embaixador da Alemanha em Lisboa, Christof Weil, viajou até ao Funchal para prestar apoio às vítimas. Passou a manhã no Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde continuam internadas 19 vítimas do despiste de quarta-feira à tarde. Num primeiro momento, Weil que chegou ao hospital pouco antes das 11h, informou a imprensa que falaria no final da visita. Mas, já depois das 13h, depois de ter falado com a maioria das vítimas, disse não estar em condições e saiu em silêncio da unidade de saúde.

O único morador da habitação atingida pelo autocarro foi realojado provisoriamente numa pensão, pelo Instituto de Segurança Social da Madeira. O homem, um idoso com cerca de 70 anos, regressou a casa durante a tarde, acompanhado por uma filha, para recolher bens pessoais. Na altura do acidente não estava em casa.