Imperou a lógica londrina e do Valência a caminho de Baku

Arsenal voltou a bater o Nápoles nos quartos-de-final, desta vez em Itália.

Foto
Reuters/DAVID KLEIN

Em noite decisiva para encontrar os semi-finalistas da Liga Europa, imperou a lógica que coloca os ingleses Chelsea e Arsenal e o espanhol Valência a um passo da final de Baku, a 29 de Maio, no Azerbaijão.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Em noite decisiva para encontrar os semi-finalistas da Liga Europa, imperou a lógica que coloca os ingleses Chelsea e Arsenal e o espanhol Valência a um passo da final de Baku, a 29 de Maio, no Azerbaijão.

A tendência marcada pelos jogos da primeira mão foi respeitada, com o Chelsea, vencedor da prova em 2013, a resolver a questão nos primeiros 20 minutos, preparando-se para o reencontro — não confirmado — com o Benfica, finalista vencido (1-2) pelos londrinos na final de Amesterdão. A vantagem (de um golo tardio) conquistada em Praga pelos “blues” foi prontamente confirmada por Pedro Rodríguez (5’), na sequência de uma triangulação perfeita iniciada e concluída pelo espanhol. A partir daí, o Slavia assumia a condição de mero espectador, assistindo, impotente, à desenvoltura da equipa de Maurizio Sarri.  Os checos, em lance caricato, foram inopinadamente cúmplices de pesada sentença, com o costa-marfinense Simon Deli a marcar na própria baliza (9’), num desvio infeliz, de cabeça, após falhanço de Pedro Rodríguez... ao poste. 

Giroud (17’) lançava a discussão em Stamford Bridge, que começava a pensar nos prós e contras do Eintracht de Frankfurt e do Benfica, deixando que os checos fossem à luta, reduzindo por Soucek (25’) na sequência de um canto. Deslize prontamente corrigido por Pedro Rodríguez (27’), a colocar a fasquia demasiado elevada para os checos, que regressariam para a segunda parte decididos a honrar as cores do Slavia, reduzindo por Sevcik (51’ e 54’) com duas bombas-relógio com as coordenadas bem definidas, em lances praticamente iguais, com a subtileza de Sevcik  mudar apenas de pé, marcando primeiro com o esquerdo e depois com o direito do mesmo local. O Slavia revelar-se-ia, de resto, uma autêntica praga até final. 

Sem surpresa de maior, Inglaterra colocava uma segunda equipa nas meias-finais (4-3), com o Arsenal a confirmar, em pleno San Paolo, em Nápoles (0-1), o favoritismo reunido à partida, mesmo num ambiente hostil, que o francês Lacazette gelou (36’) na sequência de um livre directo. O último sobrevivente italiano (com o internacional português Mário Rui a saltar do banco aos 71’) nas provas europeias tropeçava na própria ineficácia, revelando pouca habilidade para contrariar o poder de fogo dos “gunners”.

À espera dos londrinos estava um Valência inspirado por Gonçalo Guedes, autor da assistência para o golo de Lato (13’) diante do Villarreal. O internacional português sofreria a falta que originou o golo de Parejo (54’) de livre directo, premiado com um ressalto na barreira. No ano do centenário, o Valência garantiu a segunda meia-final da época (2-0), depois de ter já carimbado presença na final da Taça do Rei.