Greve já causa constrangimentos na distribuição de medicamentos
Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA) e a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) estão preocupadas com o fornecimento de remédios a farmácias e hospitais. Já pediram ao Governo para serem abrangidos pelos serviços mínimos
A greve dos motoristas de matérias perigosas já está a afectar a distribuição de medicamentos.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A greve dos motoristas de matérias perigosas já está a afectar a distribuição de medicamentos.
Segundo Diogo Gouveia da Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA), alguns distribuidores começaram esta quarta-feira a racionar os circuitos de distribuição de medicamentos às farmácias. “Já fizemos chegar aos Ministérios da saúde, da Economia e do Ambiente, assim como à Autoridade Nacional do Medicamento (INFARMED), a nossa preocupação em relação ao acesso aos combustíveis”, afirmou ao PÚBLICO, sublinhando que há distribuidores que têm postos de abastecimento próprios, mas há outros que depende de postos normais e que, se a paralisação dos motoristas da matérias perigosas continuar, só haverá combustível para mais dois ou três dias.
“Estamos a solicitar que os distribuidores sejam incluídos nos serviços mínimos para assegurar a distribuição de medicamentos, ou seja que sejam considerados também prioritários para o abastecimento nos postos normais”, explicou o presidente da ADIFA.
Neste sentido também, a APIFARMA – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, através de um comunicado disse que solicitou ao Ministério da Saúde, ao Ministério da Administração Interna e ao Ministério do Ambiente e da Transição Energética que” a distribuição de medicamentos a Hospitais e Farmácias seja incluída nos serviços mínimos fixados pelo Despacho n.º 4189-A/2019, 2.ª Série, de 16 de Abril”.
Adianta o mesmo comunicado que “esta situação torna-se premente, sob pena de ser criada uma grave situação de saúde pública com a falta de medicamentos nos Hospitais e Farmácias durante o período de greve dos motoristas de camiões de combustíveis”.
Para tal, a APIFARMA solicita que o referido despacho seja alterado, ou publicado um novo despacho, de modo a satisfazer o abastecimento de combustíveis às empresas responsáveis por esse serviço.