Maduro acusa Portugal de sequestrar dinheiro que serviria para comprar medicamentos e alimentos
Presidente venezuelano afirma que fundos bloqueados serviriam para comprar medicamentos e alimentos em falta.
O Presidente da Venezuela exortou o Governo português a desbloquear os activos do Estado venezuelano retidos no Novo Banco, sublinhando que o dinheiro será usado para comprar “medicamentos e alimentos”. “Libertem os recursos [da Venezuela] sequestrados na Europa. Peço ao Governo de Portugal que desbloqueie os 1,7 mil milhões de dólares [cerca de 1,5 mil milhões de euros] que nos roubaram, que nos tiraram” afirmou Nicolás Maduro na terça-feira.
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O Presidente da Venezuela exortou o Governo português a desbloquear os activos do Estado venezuelano retidos no Novo Banco, sublinhando que o dinheiro será usado para comprar “medicamentos e alimentos”. “Libertem os recursos [da Venezuela] sequestrados na Europa. Peço ao Governo de Portugal que desbloqueie os 1,7 mil milhões de dólares [cerca de 1,5 mil milhões de euros] que nos roubaram, que nos tiraram” afirmou Nicolás Maduro na terça-feira.
O Presidente venezuelano falava numa cerimónia com simpatizantes do regime socialista bolivariano, por ocasião do 16.º aniversário do programa de assistência social “Misión Barrio Adentro”. “Com [os fundos retidos em Portugal] compraríamos todos os medicamentos (...) sobrariam medicamentos e alimentos na Venezuela. Eu faço um apelo ao Governo de Portugal: desbloqueie esses recursos. Porque nos tiram este dinheiro? É nosso”.
Nicolás Maduro insistiu que se os Estados Unidos e a Europa querem “realmente ajudar” a Venezuela, então devem desbloquear esses recursos.
“Já que afirmam que querem ajudar a Venezuela, há uma fórmula muito simples. Não têm que tirar um dólar das vossas contas, desbloqueiem todos os recursos económicos que nos roubaram”, disse, dirigindo-se ao Presidente norte-americano, Donald Trump, e à Alta Representante da UE para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini.
Em 15 de Janeiro último, o parlamento, maioritariamente da oposição, aprovou um acordo de protecção dos activos da Venezuela no exterior e delegou numa comissão a coordenação e o seguimento de acções que protejam os activos venezuelanos na comunidade internacional.