Presidente da Estónia nomeia novo primeiro-ministro a partir da Assembleia da República
Durante a visita de Estado a Portugal, a chefe de Estado da Estónia pediu uma sala para proceder à nomeação, por via digital, do novo primeiro-ministro, Jüri Ratas, para que este possa constituir Governo.
A Presidente da República da Estónia, Kersti Kaljulaid, nomeou esta tarde o novo primeiro-ministro do seu país a partir da Assembleia da República, em Lisboa. O acto foi feito por via digital a partir da Sala D. Maria II, “preparada para o efeito atenta a urgência”, confirmou ao PÚBLICO o assessor de imprensa do presidente da Assembleia da República.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Presidente da República da Estónia, Kersti Kaljulaid, nomeou esta tarde o novo primeiro-ministro do seu país a partir da Assembleia da República, em Lisboa. O acto foi feito por via digital a partir da Sala D. Maria II, “preparada para o efeito atenta a urgência”, confirmou ao PÚBLICO o assessor de imprensa do presidente da Assembleia da República.
No seu primeiro dia de visita de Estado a Portugal, a Presidente daquele país do Leste Europeu teve necessidade de indigitar, com urgência, o novo primeiro-ministro, Jüri Ratas, líder do Partido do Centro (centro-esquerda), que ficou em segundo lugar nas eleições de 4 de Março. Isto depois de, na véspera, o Governo minoritário liderado por Kaja Kallas, do Partido Reforma, ter caído no parlamento de Talinn por falta de maioria. A indigitação tornou-se, pois, urgente para que o novo primeiro-ministro possa formar Governo o mais rapidamente possível.
As eleições na Estónia aconteceram a 4 de Março e deram a vitória ao Reforma, de centro-direita, com 28,8%, derrotando o até então primeiro-ministro Jüri Ratas. No entanto, os reformistas não conseguiram formar maioria, acabando por sucumbir nas mãos do Centro e do Partido Conservador do Povo da Estónia (EKRE, populista), a terceira força mais votada (com 17,8%).
Ao que o PÚBLICO apurou junto dos assessores dos chefes de Estado português e da Estónia, o partido Centro chegou a acordo para a formação de governo com o EKRE e o partido conservador Pro Patria. O acordo negociado dá algumas pastas aos populistas, mas não as de soberania. Durante a campanha, o EKRE defendeu um referendo à permanência na União Europeia, menos imigração e uma descida dos impostos.
Os partidos Reforma e Centro têm alternado na chefia do Governo desde a independência da Estónia da União Soviética, em 1991, com uma única excepção em 2002, quando Sim Kallas, do Partido Comunista, liderou um Governo.