Figlia Mia é o filme vencedor da 12.ª Festa do Cinema Italiano
O filme Figlia mia, da realizadora italiana Laura Bispuri, conta a história de Vittoria, uma menina de 10 anos, dividida entre duas mães.
A longa-metragem Figlia mia, da realizadora italiana Laura Bispuri, é o filme vencedor da 12.ª Festa do Cinema Italiano, anunciou este domingo a organização, tendo a escolha do público recaído em Bangla, a primeira obra do realizador Phaim Bhuiyan.
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A longa-metragem Figlia mia, da realizadora italiana Laura Bispuri, é o filme vencedor da 12.ª Festa do Cinema Italiano, anunciou este domingo a organização, tendo a escolha do público recaído em Bangla, a primeira obra do realizador Phaim Bhuiyan.
Em comunicado, a organização revela que a segunda longa-metragem de ficção da italiana Laura Bispuri é o grande vencedor do Prémio do Júri, tendo sido escolhido graças ao “retrato de uma Sardenha quase selvagem e de uma criança perdida entre duas mulheres”.
O filme Figlia mia é a história de Vittoria, uma menina de 10 anos, dividida entre duas mães. De um lado Tina, “que a criou com amor e dedicação”, do outro Angelica, “uma jovem marginal que inesperadamente a reclama”.
“Uma história, passada na Sardenha, sobre maternidade imperfeita e laços inextricáveis, sentimentos esmagadores e feridas antigas, que marcam o crescimento de Vittoria, num verão de medos, perguntas, descobertas e mudança”, lê-se no comunicado, no qual são também destacados o talento e a força das representações das duas actrizes principais, Alba Rohrwacher e Valeria Golino, além da fotografia que “mostra a beleza das paisagens áridas da Sardenha”.
Figlia Mia foi primeiramente apresentado na edição de 2018 do Festival de Berlim, onde esteve nomeado para melhor filme, tendo marcado presença em diversos festivais de cinema, com várias nomeações, e sido premiado no Festival Internacional de Cinema de Haifa, em Israel, e no Festival Internacional de Cinema de Xangai, na China.
Já o vencedor na categoria Prémio do público foi Bangla, a primeira obra de Phaim Bhuiyan, e em que é realizador e protagonista, que se inspira na sua própria vida para contar a história de um rapaz de 22 anos, com origens no Bangladesh, mas que vive em Torpignattara, nos subúrbios de Roma.
“Quando se apaixona perdidamente por Asia, uma jovem italiana, entra em pânico. De acordo com os seus pais, muito tradicionais, ele tem de casar com uma mulher Bengali, e de acordo com a lei islâmica, sexo antes do casamento é pecado”, lê-se no comunicado.
Bangla foi inicialmente apresentado na edição deste ano do Festival de Roterdão, na Holanda.
A organização da 12.ª Festa do Cinema Italiano destaca que esta foi a edição com mais espectadores na história do festival, ressalvando que, apesar de ainda faltarem as contas finais, o número total em sala ultrapassa os 15 mil espectadores, só em Lisboa.
Acrescenta que o número total de espectadores será pelo menos 20% superior aos números da edição do ano passado.
A organização refere ainda que depois da Festa do Cinema Italiano em Lisboa, Porto, Coimbra, Almada, Setúbal, Alverca do Ribatejo, Penafiel, Moscavide e Aveiro, a mostra de cinema ruma às cidades de Abrantes, Beja, Évora, Tomar, Caldas da Rainha, Loulé, Funchal, Angra do Heroísmo, Santa Cruz da Graciosa, entre outras.