Luz Saúde revoga suspensão do acordo de prestação de cuidados médicos aos militares

No início deste mês o grupo José de Mello Saúde fez um anúncio semelhante.

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Rui Gaudencio

O Grupo Luz Saúde levantou a suspensão do acordo para prestação de cuidados médicos aos militares, que deveria produzir efeitos a partir de segunda-feira, anunciaram esta sexta-feira a empresa e o Instituto de Acção Social das Forças Armadas (IASFA) em comunicados autónomos.

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O Grupo Luz Saúde levantou a suspensão do acordo para prestação de cuidados médicos aos militares, que deveria produzir efeitos a partir de segunda-feira, anunciaram esta sexta-feira a empresa e o Instituto de Acção Social das Forças Armadas (IASFA) em comunicados autónomos.

“Face à posição expressa publicamente pelo senhor ministro da Defesa Nacional, manifestando vontade de ‘resolução desta situação’ através do ‘estabelecimento de um plano para a regularização de dívidas’, assim como o compromisso assumido hoje [sexta-feira] pela direcção do IASFA em articulação com a tutela, de apresentação deste plano em meados de próximo mês de Maio, não pode a Luz Saúde deixar de agir no melhor interesse dos beneficiários do IASFA mantendo a vigência regular da convenção com este subsistema”, lê-se no comunicado.

A Luz Saúde informa, neste sentido, os beneficiários do IASFA de que “podem continuar a recorrer à rede de hospitais e clínicas Hospital da Luz ao abrigo do Regime Convencionado e proceder a marcações sem qualquer constrangimento, incluindo para datas posteriores a 15 de Abril de 2019”.

“Mais se informa que todas as marcações entretanto efectuadas ao abrigo do Plano Especial para data posterior a 15 de Abril serão realizadas ao abrigo do Regime Convencionado”, é referido ainda no texto.

A 19 de Fevereiro, a Luz Saúde comunicou à direcção do IASFA que deixaria de prestar os serviços ao abrigo das convenções celebradas com aquele subsistema a partir de 15 de Abril, alegando um “atraso muito significativo dos pagamentos e ao montante da dívida acumulada” por parte daquele instituto.

O instituto emitiu também um comunicado para informar os associados do levantamento da suspensão e saudar a decisão, que considerou ser “o corolário dos esforços” que tem desenvolvido para “encontrar uma solução para as dívidas da Assistência na Doença aos Militares.”

CUF também levantou suspensão

No início deste mês o grupo José de Mello Saúde fez um anúncio semelhante, depois de também eles terem chegado a acordo com o IASFA, permitindo que os militares e os seus familiares continuem a ser atendidos e tratados nos hospitais e clínicas da rede CUF através do seu subsistema de saúde.

Esta decisão foi tomada depois de a tutela e o conselho directivo do IASFA apresentarem “um plano de regularização da elevada dívida acumulada às unidades CUF”, explica a José de Mello Saúde em nota interna a que o PÚBLICO teve acesso na altura. No caso deste grupo privado, a suspensão dos protocolos entrava em vigor no dia 1 de Abril.