Floresta, jardins, a maior catarata interior do mundo. É um aeroporto
A nova “jóia” do aeroporto de Singapura, repetidas vezes considerado o melhor do mundo, chama-se Jewel. É um mundo.
É considerado quase unanimemente o melhor aeroporto do mundo há anos – ainda em Março voltou a receber tal distinção, pelo sétimo ano consecutivo, no ranking da Skytrax que anualmente avalia os aeroportos. E assim deverá continuar no futuro, até porque há nova “jóia” no aeroporto Changi de Singapura. Objectivo: mais do que ser um aeroporto de passagem entre destinos, o Changi quer ser um destino em si mesmo.
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É considerado quase unanimemente o melhor aeroporto do mundo há anos – ainda em Março voltou a receber tal distinção, pelo sétimo ano consecutivo, no ranking da Skytrax que anualmente avalia os aeroportos. E assim deverá continuar no futuro, até porque há nova “jóia” no aeroporto Changi de Singapura. Objectivo: mais do que ser um aeroporto de passagem entre destinos, o Changi quer ser um destino em si mesmo.
O complexo Jewel, com abertura ao público a 17 de Abril, tem mais de 135 mil metros quadrados em 10 andares (cinco em subsolo), interligando terminais. E inclui floresta e jardins, parques e pontes e labirintos (um de espelhos), passadiços aéreos que são trampolins e escorregas entre as árvores. Entre quase três centenas de lojas e restaurantes, a cereja neste bolo é em honra da chuva que faz parte da vida e ambiente de Singapura: eis Vortex da Chuva de seu nome, a maior catarata interior do mundo.
A catarata, no centro da floresta, tem a água a cair a 40m de altura desde a cúpula envidraçada – cuja estrutura está pensada para que os raios solares façam a sua magia com as gotas. “Vai ficar hipnotizado” promete o aeroporto nas páginas de apresentação do projecto. O espectáculo continuará à noite mas com mil sóis: a catarata torna-se uma espécie de fonte luminosa, epicentro de um espectáculo de luzes e som.
A floresta em que se encontra este vórtex, a Floresta do Vale, promete elevar a um novo patamar o conceito de jardim interior: tem 900 árvores (com as palmeiras em destaque), 60 mil arbustos, “plantas de todo o mundo”, trilhos para caminhadas (sobem e descem) - atenção ao detalhe: “considere pelo menos 30 minutos para cada trilho”.
Depois disto, o Canopy Park até parece pouco, mas cá vai: fica no topo superior do Jewel (piso 5), tem 14 mil metros quadrados de actividades recreativas para todos em ambiente verdejante, incluindo trampolins e escorregas mirabolantes, um “jardim de pétalas” (flores de todo o mundo nas suas épocas de desabrochar), jardim-labirinto para serpentear ou labirinto de espelhos (sim, à casa de espelhos) e, entre outras atracções, redes para caminhadas suspensas no ar – uma espécie de “teia” que chega aos 25m de altura.
Pelo meio disto tudo, haverá peças de arte especiais criadas para o local, embora, neste caso, o aeroporto não tenha adiantado ainda detalhes. Das que já se conhecem, espera-se impacto. Dois exemplos: Andy Cao e Xavier Perrot criaram 16 “nuvens” feitas de milhares de cristais que reflectem padrões do clima e usam sequências dinâmicas de luzes; Eng Tow criou algo mais contemplativo e sóbrio mas desmesurado, já que são grãos de arroz gigantes, suspensos no ar, destinados a criar uma sensação de pausa e tempo para reflectir.
O Jewel, que, claro, tem muito mais que se lhe diga (hotel, cinema, supermercado...), foi construído nos espaços do antigo parque de estacionamento do terminal 1 do aeroporto, a partir de um projecto do arquitecto Moshe Safdie. Orçamento: cerca de 1150 milhões de euros.