Agência da Curta-Metragem dá “carta-branca” a realizadores para celebrar o cinema
Projecto visa revisitar o cinema português através da presença dos cineastas, com obras suas, nos vários festivais do país. Começa já este domingo, na Feira, com Rodrigo Areias.
Um conjunto de realizadores portugueses vai “revisitar” o cinema nacional através da escolha de curtas-metragens que serão exibidas em 21 festivais no âmbito dos 20 anos da Agência da Curta-Metragem (ACM), que esta quinta-feira divulgou a iniciativa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Um conjunto de realizadores portugueses vai “revisitar” o cinema nacional através da escolha de curtas-metragens que serão exibidas em 21 festivais no âmbito dos 20 anos da Agência da Curta-Metragem (ACM), que esta quinta-feira divulgou a iniciativa.
Em comunicado, aquela estrutura indicou que o projecto Carta-Branca aos Realizadores Portugueses irá percorrer diversos festivais de cinema durante um ano, com início este domingo, 14 de Abril, no Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira.
A iniciativa será uma “mostra de cinema português de processo invertido convocando as pessoas que pensam cinema na sua origem – os criadores – para se colocarem no papel do programador e fazer uma revisitação ao cinema nacional numa sessão de curtas-metragens”.
A nomeação de cada personalidade fica a cargo do festival anfitrião, onde o cineasta é convidado a apresentar “um cinema português crítico e inventivo”, narrado pelo próprio, havendo espaço para a reflexão sobre “as mudanças significativas que foram operadas no cinema português no novo século, no seu perfil percebido em Portugal e além-fronteiras, a diversidade de abordagens e percursos seguidos pelos criadores nacionais, relações e cumplicidades”.
No Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira vai marcar presença o realizador Rodrigo Areias, seguindo-se o Fest, em Espinho, com Gonçalo Almeida; o Curtas Vila do Conde, com João Nicolau; o Filmes do Homem, em Melgaço, com Eduardo Brito; o Motelx, em Lisboa, com João Pedro Rodrigues; o Queer Lisboa e Porto, com Cláudia Varejão; o Close-Up, em Famalicão, com Pedro Serrazina; e o DocLisboa, com Mariana Gaivão.
Também envolvidos no projecto estão o Vista Curta, em Viseu, com realizador ainda a definir; o Temps d'Image, em Lisboa, com Paulo Furtado; o Inshadow, também na capital, com Rui Xavier; o Cinanima, em Espinho, que vai contar com Vasco Sá e David Doutell; os Caminhos do Cinema Português, em Coimbra, onde vai estar João Salaviza; e o Porto/Post/Doc, que vai acolher Mónica Santos e Alice Guimarães.
Já o Monstra (Lisboa) vai receber José Miguel Ribeiro, e o Cortex (Sintra), Patrick Mendes, enquanto o IndieLisboa vai contar com Gabriel Abrantes, os Encontros de Viana com Manuel Mozos, o Fantasporto com José Magro e o Leiria Film Festival com Edgar Pêra.
Este projecto, levado a cabo pela ACM com a parceria dos festivais intervenientes e a colaboração dos cineastas que aderiram ao desafio, conta com o apoio financeiro do Instituto do Cinema e do Audiovisual.
Esta celebração contará ainda com a edição de um livro sobre o cinema português do século XXI, coordenado e editado por Daniel Ribas e Paulo Cunha. O livro, cujo lançamento está programado para Outubro, contará com textos de Augusto M. Seabra (crítico do PÚBLICO), Haden Guest, Adrian Martin, Leo Goldsmith, Roger Koza, Carmen Gray, Cíntia Gil, Iván Villarmea, Tiago Baptista, Pascale Cassagnau, Olivier Cotte e Martin Pawley.