Qualidade do ar melhorou em Aveiro mas ainda há trabalho para fazer

Especialista alerta para decadência das frotas de autocarros da região que são altamente poluentes.

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Adriano Miranda

São boas notícias para quem vive ou trabalha na região de Aveiro, mas com o aviso de que há ainda muito trabalho para fazer. A qualidade do ar tem vindo a melhorar, nos últimos anos, ainda que haja ainda a necessidade de baixar os níveis de poluentes – nomeadamente NO2, PM10 e Ozono. Os dados foram apresentados esta quarta-feira, em Aveiro, na conferência anual da equipa do ClairCity, projecto europeu que analisa o papel dos cidadãos na redução da poluição atmosférica nas cidades.

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São boas notícias para quem vive ou trabalha na região de Aveiro, mas com o aviso de que há ainda muito trabalho para fazer. A qualidade do ar tem vindo a melhorar, nos últimos anos, ainda que haja ainda a necessidade de baixar os níveis de poluentes – nomeadamente NO2, PM10 e Ozono. Os dados foram apresentados esta quarta-feira, em Aveiro, na conferência anual da equipa do ClairCity, projecto europeu que analisa o papel dos cidadãos na redução da poluição atmosférica nas cidades.

Mais do que apresentar os números resultantes da monitorização e inventariação de medições que tem vindo a ser feita pela equipa da Universidade de Aveiro (UA) – que também está envolvida no projecto -, os trabalhos serviram ainda para debater questões como a redução da pegada de carbono ou o papel da indústria na melhoria da qualidade do ar, entre outras.

Em cima da mesa esteve, também, a mobilidade sustentável, outra das áreas em que, apesar do trabalho realizado, há ainda um caminho a percorrer. Susana Castelo, consultora que desenvolveu o Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes da Região de Aveiro, identificou algumas prioridades, nomeadamente ao nível da mudança de comportamentos. “É preciso aumentar a autonomia dos alunos, encorajando-os a irem a pé ou de bicicleta para a escola”, destacou, defendendo a necessidade de se elaborarem planos de mobilidade escolares. O mesmo deve ser feito ao nível das empresas e zonas industriais, apontou a técnica.

Susana Castelo alertou ainda para “a forte decadência das frotas de autocarros que circulam na região” e que tem “impactos incríveis ao nível da poluição e das emissões”, defendendo que sejam definidos critérios e regras de qualidade no concurso de transporte público rodoviário.

Outra das questões a ter em conta passa por assegurar, conforme prevê a lei, que “para todos os lugares com mais de 40 habitantes deve ser providenciado transporte regular ou flexível que permita o acesso à sede de concelho respectiva, durante o período da manhã e da tarde, pelo menos três dias por semana”, reparou Susana Castelo. Contudo, “o que se verifica é que existe um conjunto significativo de lugares que não têm oferta de transporte público rodoviário”, notou.

A conferência, que decorreu no edifício da Assembleia Municipal de Aveiro, contou com a presença de Hans Bolscher, director do projecto ClairCity, bem como do presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, Ribau Esteves, e do vice-reitor da UA, Eduardo Anselmo Castro.