The Crown já tem a sua princesa Diana – mas só para a quarta temporada

Jovem actriz Emma Corrin vai encarnar a “princesa do povo” na megaprodução histórica do Netflix. Novos episódios podem chegar no final deste ano.

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A escolha do elenco da série The Crown, a megaprodução histórica do Netflix sobre o longo reinado de Isabel II, tem sempre uma carga real – não só porque é literalmente uma abordagem à realeza, ou mais precisamente à casa de Windsor, mas sobretudo porque se representa figuras reais da história contemporânea. Agora, The Crown escolheu a sua princesa Diana: a actriz Emma Corrin.

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A escolha do elenco da série The Crown, a megaprodução histórica do Netflix sobre o longo reinado de Isabel II, tem sempre uma carga real – não só porque é literalmente uma abordagem à realeza, ou mais precisamente à casa de Windsor, mas sobretudo porque se representa figuras reais da história contemporânea. Agora, The Crown escolheu a sua princesa Diana: a actriz Emma Corrin.

Corrin já tem um curto currículo televisivo, tendo sido actriz convidada na série britânica Grantchester e estando escalada para a série Pennyworth, que tem por base a família da personagem Alfred Pennyworth (o mordomo da família Wayne, ou seja o fiel ajudante de Batman) na banda-desenhada da DC Comics e que será transmitido no canal premium norte-americano Epix. Mas o seu papel de maior destaque, dada a popularidade estimada de The Crown (o Netflix não revela audiências) e a força mediática de Diana Spencer, será seguramente o da “princesa do povo”.

“Emma é um talento brilhante que nos cativou imediatamente quando veio [prestar provas] para o papel de Diana Spencer. Além de ter a inocência e a beleza de uma jovem Diana, também tem abundantemente a variação e a complexidade [necessárias] para interpretar uma mulher extraordinária que passou de adolescente anónima à mais icónica mulher da sua geração”, diz Peter Morgan (é o argumentista e criador da série) no comunicado do Netflix.

Em 2016, no âmbito da investida da plataforma de streaming na produção original, The Crown despontava como uma produção de estimados 100 milhões de libras (112 milhões de euros) para os seus primeiros dez episódios. Ao longo das suas duas temporadas, e com o pedigree de Peter Morgan (autor do oscarizado A Rainha) e Stephen Daldry (o realizador de As Horas, O Leitor, Billy Elliot e da peça A Audiência), foi juntando fãs e elogios, pela densidade da sua produção e pela qualidade das interpretações. Lançou estrelas como Claire Foy, ganhou Emmys e entrará numa segunda fase, a de Isabel II madura, já com Olivia Colman, entretanto vencedora do Óscar de Melhor Actriz por A Favorita, a substituir Foy no papel de rainha. Tobias Menzies (A Guerra dos Tronos, The Terror) será o novo príncipe Phillip, em substituição de Matt Smith. Helena Bonham Carter vai ser a princesa Margaret e a actriz Gillian Anderson vai ser a primeira-ministra Margaret Thatcher. Sabe-se já que a próxima temporada se centrará no novo primeiro-ministro de sua majestade, Howard Wilson, portanto na segunda metade da década de 1960, e que a seguinte se ocupará de Thatcher e da emergência de Diana Spencer.

Diana Spencer é um dos rostos do século XX, desde o seu imensamente mediático e planetário casamento com o príncipe Carlos até ao seu divórcio e, finalmente, à morte repentina num acidente de viação em Paris que envolveu a sua perseguição por paparazzi. Rapidamente absorvida pela sociedade-espectáculo, musa de fotógrafos de renome como Herb Ritts ou Mario Testino, ficou conhecida como “a princesa do povo”. Agora, Emma Corrin está “mais do que entusiasmada e honrada”, avança a mesma nota da Netflix, por se juntar ao elenco de The Crown, o que acontecerá na quarta temporada – está ainda por estrear-se a terceira, a primeira com Olivia Colman, cuja chegada ainda não tem data prevista mas poderá acontecer no final deste ano. O plano do Netflix é ter um total de seis temporadas.

“Estou colada à série desde o primeiro episódio e pensar que me vou juntar a esta família de actores incrivelmente talentosa é só surreal. A princesa Diana era um ícone e o seu efeito no mundo continua profundo e inspirador. Ser-me dada a oportunidade de explorá-la através da escrita de Peter Morgan é excepcional e vou dar o meu melhor para lhe fazer justiça”, compromete-se a actriz.