David Mamet escreveu Oleanna antes da entrada em vigor do politicamente correcto. No entanto, movia-se já no terreno instável que ia preparando aquele reinado. Não viria a ser um despotismo esclarecido, o regime que Mamet, de certa forma, previu na sua peça de 1992. Aliás, seria legítimo duvidar que fosse possível hoje escrever esta peça, sem o lastro e o estatuto que quase 30 anos, entretanto, lhe conferiram. Oleanna [que Ricardo Pais acabou de encenar] é um exercício brilhante sobre a própria ideia de poder e a sua prática. E as ideias de vítima e carrasco, de opressor e oprimido, são genialmente estilhaçadas neste implacável diálogo em três momentos, de um dramatismo sempre crescente.
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David Mamet escreveu Oleanna antes da entrada em vigor do politicamente correcto. No entanto, movia-se já no terreno instável que ia preparando aquele reinado. Não viria a ser um despotismo esclarecido, o regime que Mamet, de certa forma, previu na sua peça de 1992. Aliás, seria legítimo duvidar que fosse possível hoje escrever esta peça, sem o lastro e o estatuto que quase 30 anos, entretanto, lhe conferiram. Oleanna [que Ricardo Pais acabou de encenar] é um exercício brilhante sobre a própria ideia de poder e a sua prática. E as ideias de vítima e carrasco, de opressor e oprimido, são genialmente estilhaçadas neste implacável diálogo em três momentos, de um dramatismo sempre crescente.