O partido que pode fazer a diferença: ultranacionalismo, cannabis e uma massagem de pés no Pornhub

Moshe Feiglin pode conseguir votos suficientes para decidir quem será o próximo primeiro-ministro de Israel. Desde que este legalize a cannabis, diz.

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Moshe Feiglin, líder do partido Zehut (Identidade) CORINNA KERN/Reuters

O partido de Moseh Feiglin já estava a fazer correr tinta com a mistura de uma postura nacionalista e de defesa da liberalização da cannabis. As sondagens começaram a dar-lhe entre cinco e sete deputados, o que mesmo parecendo pouco num Parlamento de 120, pode ser o suficiente para decidir quem será o próximo primeiro-ministro. Mas este fim-de-semana o partido protagonizou ainda o momento mais bizarro da campanha: imagens de Moshe Feiglin a fazer uma massagem de pés a um comediante (Feiglin é abertamente anti-gay) acabou no site Pornhub (de partilha de vídeos pornográficos).

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O partido de Moseh Feiglin já estava a fazer correr tinta com a mistura de uma postura nacionalista e de defesa da liberalização da cannabis. As sondagens começaram a dar-lhe entre cinco e sete deputados, o que mesmo parecendo pouco num Parlamento de 120, pode ser o suficiente para decidir quem será o próximo primeiro-ministro. Mas este fim-de-semana o partido protagonizou ainda o momento mais bizarro da campanha: imagens de Moshe Feiglin a fazer uma massagem de pés a um comediante (Feiglin é abertamente anti-gay) acabou no site Pornhub (de partilha de vídeos pornográficos).

Feiglin é o líder do partido Zehut (Identidade) e tem apelado aos eleitores jovens com a sua campanha para legalizar a cannabis.  

O vídeo da massagem dos pés foi declarado pelo Ha’aretz como “o momento mais bizarro da campanha” – que já teve um anúncio em que uma ministra usa um perfume chamado “fascismo”, por exemplo. E se as críticas foram sobretudo negativas, há quem diga que foi um sucesso para Feiglin, que pode dizer que não tem nada contra a homossexualidade.

Feiglin, colono e religioso, defende “uma mistura bizarra de políticas de extrema-direita e libertárias”, na descrição do correspondente do Irish Times em Jerusalém, Mark Weiss.

Nos anos 1990, liderou um movimento de protesto contra os acordos de paz entre Israel e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) e ganhou notoriedade por afirmações incendiárias que o levaram a ser condenado por sedição em 1997. O Reino Unido chegou a negar-lhe entrada no país.

Agora o seu partido, fundado em 2015, poderá dar o voto decisivo para um primeiro-ministro – desde que este legalize a cannabis.