O acesso à edição digital do PÚBLICO vai mudar. Saiba como e porquê
A partir do próximo dia 9 a organização interna do PÚBLICO vai mudar para se ajustar aos novos ritmos de procura dos leitores na sua edição digital. A partir desse dia, só os assinantes terão acesso a todas as notícias. Como vai ser? E porquê?
Porquê mudar as regras de acesso?
O PÚBLICO nunca foi tão lido como hoje. Todos os meses passam pela nossa edição online mais de 6.5 milhões de visitantes, que abrem mais de 40 milhões de páginas. Mas, apesar desta enorme procura de informação, o PÚBLICO, como a maioria dos jornais, tem dificuldades para responder às necessidades dos seus leitores. A venda da edição impressa do jornal aumentou em 2018 e permanece estável (um caso raro nos países europeus), no último trimestre obtivemos os melhores resultados na edição online dos últimos três anos, mas a migração da publicidade para as grandes plataformas digitais privou-nos, como a todas as empresas de comunicação social, da nossa tradicional fonte de receitas. O PÚBLICO está por isso numa encruzilhada que exige novas soluções para garantir a sua sustentabilidade. Numa altura em que se fala em apoios públicos para viabilizar a comunicação social independente, optámos por outra estratégia. Em vez dos apoios do Estado, procuramos o compromisso dos nossos leitores — o compromisso da sociedade portuguesa, afinal. A reserva dos conteúdos exclusivos aos assinantes é, assim, um apelo para que os leitores tenham uma palavra definitiva na defesa dos valores do jornalismo livre e plural, que recusa o sensacionalismo e a infantilização dos leitores. Um jornalismo exigente e cosmopolita que é uma referência no contexto da imprensa nacional.
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Porquê mudar as regras de acesso?
O PÚBLICO nunca foi tão lido como hoje. Todos os meses passam pela nossa edição online mais de 6.5 milhões de visitantes, que abrem mais de 40 milhões de páginas. Mas, apesar desta enorme procura de informação, o PÚBLICO, como a maioria dos jornais, tem dificuldades para responder às necessidades dos seus leitores. A venda da edição impressa do jornal aumentou em 2018 e permanece estável (um caso raro nos países europeus), no último trimestre obtivemos os melhores resultados na edição online dos últimos três anos, mas a migração da publicidade para as grandes plataformas digitais privou-nos, como a todas as empresas de comunicação social, da nossa tradicional fonte de receitas. O PÚBLICO está por isso numa encruzilhada que exige novas soluções para garantir a sua sustentabilidade. Numa altura em que se fala em apoios públicos para viabilizar a comunicação social independente, optámos por outra estratégia. Em vez dos apoios do Estado, procuramos o compromisso dos nossos leitores — o compromisso da sociedade portuguesa, afinal. A reserva dos conteúdos exclusivos aos assinantes é, assim, um apelo para que os leitores tenham uma palavra definitiva na defesa dos valores do jornalismo livre e plural, que recusa o sensacionalismo e a infantilização dos leitores. Um jornalismo exigente e cosmopolita que é uma referência no contexto da imprensa nacional.
Mas porquê assinaturas?
Com as vendas da edição impressa em queda ou, no melhor dos cenários, estagnadas e sem poder dispor da fatia das receitas publicitárias, muitas empresas norte-americanas e europeias encontraram nas assinaturas digitais uma nova forma de manter as suas equipas. Este sucesso explica-se por duas razões: por um lado, os leitores perceberam que o acesso gratuito estava a corroer a qualidade dos jornais, forçando-os a reduzir as suas redacções e a ter de prescindir dos seus jornalistas mais talentosos; em segundo lugar porque as derivas antidemocráticas nos Estados Unidos e na Europa levaram muitos cidadãos a recordar que a existência de uma imprensa livre é fundamental para as sociedades abertas — por cá a crise da imprensa motivou inclusivamente uma tomada de posição ao Presidente da República. As assinaturas dos jornais é um meio para garantir a sustentabilidade da imprensa e, por causalidade, são um travão à manipulação informativa das fake news, aos extremismos, à intolerância e ao populismo.
O site do PÚBLICO só vai poder ser lido pelos assinantes?
Não. O PÚBLICO está consciente da sua responsabilidade social e não vai fechar todos os seus textos. Muitos acontecimentos relevantes de diferentes áreas permanecerão abertos a todos os leitores até ao limite de sete textos por mês. Recorrendo às modernas tecnologias, vai ser possível distinguir entre os leitores ocasionais e os regulares e os limites do acesso gratuito serão estabelecidos de acordo com os níveis de utilização do site. Mas, para lá da informação essencial, os jornalistas do PÚBLICO produzem todos os dias notícias próprias, reportagens singulares ou entrevistas exclusivas — e o espaço de reflexão dos seus colunistas é uma referência de qualidade e de pluralismo. Ao mesmo tempo, publicamos textos exclusivos nas áreas da cultura (suplemento Ípsilon) e do lazer (suplemento Fugas). Todos esses textos serão exclusivos a assinantes.
Ser assinante para quê?
Os leitores do PÚBLICO têm, de acordo com todos os estudos, níveis de literacia muito acima da média. Representam grupos profissionais nos quais o acesso à informação é um factor crítico — professores, investigadores, advogados, arquitectos, médicos, etc. Fazem parte dos segmentos mais interventivos e exigentes da sociedade portuguesa. Ter acesso a toda a informação gerada diariamente pelo PÚBLICO é garantia de estar a par de todos os acontecimentos relevantes da vida nacional e internacional. Ao mesmo tempo, ser assinante permite aos leitores ter acesso privilegiado aos eventos do PÚBLICO, ter descontos nos restaurantes aderentes ao Clube P que estamos a ultimar, a dossiers temáticos que produzimos com regularidade ou a ter direito de se eleger no Conselho de Leitores, um órgão consultivo da Direcção Editorial que se estreará no próximo mês.
Ser assinante só dá para a edição online?
Sim e não. Entre as várias modalidades de assinatura que lhe proporcionamos, pode optar pela combinação entre o acesso integral à edição online e, ao mesmo tempo, receber em sua casa ou no seu quiosque a edição impressa. Porque, entre as duas edições há uma óbvia complementaridade. O jornal impresso é uma selecção dos grandes temas do dia anterior, especialmente concebida e preparada para esse efeito, na qual o grafismo e a fotografia têm uma especial atenção. A edição online, para lá de resultar de uma escolha dos temas que marcam a actualidade, proporciona igualmente uma forma rápida e fácil (nos smartphones, por exemplo) de os leitores acompanharem minuto a minuto o que acontece no país e no mundo. E também aqui haverá mais diversidade de formatos, desde trabalhos de multimédia e podcasts, passando pelo lançamento de uma nova aplicação para as áreas metropolitanas (a UrB) e a reformulação dos nossos suplementos na edição online — e, claro, pela edição impressa em formato pdf. Entre a assinatura da edição online, a edição do papel ou de ambas, cada leitor pode escolher o formato que mais se ajusta às suas necessidades.
Mas, no online, fecham-se conteúdos e nada muda?
Não, para reforçarmos a qualidade e a rapidez de resposta do nosso jornalismo online, promovemos uma série de mudanças na nossa organização. A ideia passa por reforçar a capacidade de resposta à actualidade, ajustando-a aos vários picos de procura dos nossos leitores no online. A edição impressa continuará a ser vista e tratada por nós como uma imagem de marca essencial, mas, acompanhando as novas tendências de consumo de informação em Portugal, vamos ajustar as nossas prioridades editoriais aos novos hábitos de consumo de informação. O mundo mudou e necessidades contemporâneas dos nossos leitores também. É perto deles que gostamos de estar.