“O normal é aborrecido”: Killing Eve chega à segunda temporada

A criação de Phoebe Waller-Bridge a partir de uma saga de livros de Luke Jennings sobre uma assassina fria e uma agente do MI5 que a procura está de volta.

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Sandra Oh e Fiona Shaw no primeiro episódio da nova época de Killing Eve DR

2019 vai ser um bom ano para a britânica Phoebe Waller-Bridge, que é actriz, dramaturga e argumentista. As duas séries que lhe deram mais fama chegam finalmente à segunda temporada. A continuação de Fleabag, a brilhante comédia protagonizada pela própria, baseada numa peça sua, chega à Amazon Prime a 17 de Maio, quase três anos após a estreia da primeira. O segundo tomo de Killing Eve, a série de assassinos da BBC America que só conta com a escrita de Waller-Bridge a partir de Villanelle, uma saga de livros de Luke Jennings, chegou à HBO Portugal este sábado. Apesar de se ter estreado originalmente em 2018, só em Fevereiro, com o aparecimento do serviço de streaming, é que pudemos finalmente vê-la em Portugal.

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2019 vai ser um bom ano para a britânica Phoebe Waller-Bridge, que é actriz, dramaturga e argumentista. As duas séries que lhe deram mais fama chegam finalmente à segunda temporada. A continuação de Fleabag, a brilhante comédia protagonizada pela própria, baseada numa peça sua, chega à Amazon Prime a 17 de Maio, quase três anos após a estreia da primeira. O segundo tomo de Killing Eve, a série de assassinos da BBC America que só conta com a escrita de Waller-Bridge a partir de Villanelle, uma saga de livros de Luke Jennings, chegou à HBO Portugal este sábado. Apesar de se ter estreado originalmente em 2018, só em Fevereiro, com o aparecimento do serviço de streaming, é que pudemos finalmente vê-la em Portugal.

É um thriller que envolve violência gráfica e momentos hilariantes, muitas vezes na mesma cena. A acção centra-se em Eve Polastri, que, no início da série, trabalha no MI5, mas não tem experiência no terreno, e desenvolve uma obsessão com uma misteriosa e fria assassina profissional que anda à volta do mundo a matar pessoas e é apenas conhecida como “Villanelle”. Uma anda atrás da outra, e a atracção é mútua. Pelo meio, há um consórcio internacional de assassinos, vários governos e serviços secretos, incluindo a chefe de Eve, uma sempre imponente e Fiona Shaw, que também tem muita piada.

Mas são as actrizes principais que se destacam. A série já deu um Globo de Ouro a Sandra Oh (a actriz de Anatomia de Grey), que passou anos à espera de que Hollywood lhe desse bons papéis e aqui faz de Eve, que vemos frequentemente a cozinhar e a beber vinho e a irritar Niko (Owen McDonnell), o seu marido polaco.

Sandra Oh contracena com Jodie Comer, uma revelação como Villanelle. A assassina é o tipo de pessoa a quem causa mais confusão calçar umas crocs que não são dela do que arruinar ou pôr fim a uma existência. Comer dá-lhe bem o ar de alguém que está sempre a aprender códigos e comportamentos que para os outros parecem ser normais. Esta psicopata estuda como os outros seres humanos agem para poder reproduzir isso e assim aproveitar-se das outras pessoas. E é incapaz de ter vários sentimentos ditos normais – “o normal é aborrecido”, diz ela no primeiro episódio desta segunda época.

Tal como a outra grande série de assassinos do ano passado, Barry, Killing Eve poderia perfeitamente ter tido só uma temporada, e ter ficado por aí. E, como é o caso da outra, pelo menos a julgar pelo primeiro, encontrou uma boa forma de estar de volta. A acção desta época, que ainda tem Waller-Bridge como produtora mas passa a ter Emerald Fennell a mandar na escrita, arranca logo a seguir ao final da época anterior. A mecânica não mudou muito, mesmo que o contexto seja diferente e muitas personagens tenham desaparecido e outras estejam para vir, mas continua a ser bom passar tempo com Eve Polastri e Villanelle.