DBRS sobe perspetiva do rating de Portugal para “positiva”

Visão da agência de notação financeira é de que “os riscos para o rating estão inclinados para o lado positivo”. Pode vir aí uma subida do rating

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LUSA/JOÃO RELVAS

A agência de notação financeira DBRS melhorou hoje a perspectiva do rating de Portugal de "estável" para “positiva”, o que significa que pode subir o rating, que manteve em ‘BBB’, numa próxima avaliação.

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A agência de notação financeira DBRS melhorou hoje a perspectiva do rating de Portugal de "estável" para “positiva”, o que significa que pode subir o rating, que manteve em ‘BBB’, numa próxima avaliação.

“A perspectiva positiva reflecte a visão da DBRS de que os riscos para o rating estão inclinados para o lado positivo”, indica a agência de notação financeira canadiana.

A DBRS acrescenta que “o défice orçamental está a aproximar-se lentamente do equilíbrio e o rácio dívida pública/PIB está a descer a um ritmo saudável”.

Em comunicado, o Ministério das Finanças defende que “esta melhoria da notação mantém o ciclo de valorização da dívida da República Portuguesa iniciado em Setembro de 2017 por parte das quatro principais agências de rating a nível global e traduz a confiança na evolução que se tem verificado tanto na economia como nas finanças públicas portuguesas”.
 
"O relatório que acompanha esta avaliação considera que o crescimento económico português se deverá manter acima da média da União Europeia”, acrescenta o ministério de Mário Centeno. E na sua análise, a DBRS, sublinham as Finanças, “destaca ainda o equilíbrio que se tem verificado nas contas externas e a redução significativa do crédito mal parado, o que tem contribuído para reforçar a estabilidade do sector financeiro"; assim como “a aproximação do saldo orçamental do equilíbrio e a significativa diminuição do rácio da dívida pública face ao PIB, perspectivando a manutenção e ritmo da trajectória de redução deste indicador”.

A taxa de juro das obrigações portuguesas a 10 anos no mercado secundário “tem estado ao longo da última semana sempre abaixo de 1,30%, um valor sem paralelo histórico”, e o diferencial face a Espanha “tem também vindo a reduzir-se ao longo de 2019”, é ainda destacado no comunicado enviado às redacções.