Sucessor de Arnaldo Matos no MRPP vai ser escolhido em congresso

O líder e fundador do PCTP-MRPP morreu em Fevereiro, aos 79 anos.

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Arnaldo Matos fundou o PCTP-MRPP

O próximo líder do PCTP/MRPP vai ser escolhido em congresso, numa data ainda a definir, disse nesta quarta-feira à agência Lusa o cabeça de lista daquele partido às eleições europeias, Luís Júdice.

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O próximo líder do PCTP/MRPP vai ser escolhido em congresso, numa data ainda a definir, disse nesta quarta-feira à agência Lusa o cabeça de lista daquele partido às eleições europeias, Luís Júdice.

O Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses, de inspiração maoista, era liderado por Arnaldo Matos, histórico líder e fundador, que morreu em 22 de Fevereiro, aos 79 anos.

Desde essa data, o PCTP/MRPP tem estado a ser gerido pelo Comité Central, situação que se manterá até que um novo líder seja eleito em congresso, segundo explicou à agência Lusa o candidato do partido às eleições de 26 de Maio para o Parlamento Europeu.

“Ainda não há nada marcado e estamos a criar as condições para que isso aconteça. Para já não é oportuno porque estamos com três eleições à porta [europeias, regionais da Madeira legislativas]”, afirmou Luís Júdice.

O PCTP/MRPP entregou ao final da manhã a lista de candidatos às eleições europeias no Tribunal Constitucional, em Lisboa, insistindo na necessidade de Portugal sair da União Europeia e da zona euro.

Sair do euro

“Vamos utilizar uma tribuna como esta do Parlamento Europeu para uma vez mais, como é o nosso timbre, defendermos que Portugal deve sair da União Europeia (UE) e da Zona Euro e mostrar que pelo balanço que fazemos dos últimos cinco anos nada se alterou”, afirmou Júdice, à saída do tribunal.

Acompanhando por outros candidatos, entre eles o mandatário da lista, Carlos Paisana, e pelo candidato independente José Preto, Luís Júdice defendeu que Portugal dispõe de todas as condições para “sobreviver fora da UE”.

“Existe um mito de que é a Europa ou o caos. Portugal tem uma tradição atlântica e pode relacionar-se na base da reciprocidade com outras nações, aproveitar as parcerias que tem no âmbito da rota da seda e as suas relações privilegiadas com países de África e da América do Sul”, argumentou.

Para o cabeça de lista do PCTP/MRPP “não faz sentido permanecer num sistema que tem causado elevados prejuízos” a Portugal.

“Nos últimos 20 anos, a permanência de Portugal na União Europeia e na Zona Euro causou um prejuízo à nossa economia de 424 mil milhões de euros. Só em 2017 Portugal perdeu 56 mil milhões de euros do seu PIB (Produto Interno Bruto)”, observou.