Mais um serviço de streaming, mas este é português - e é o Q?
Títulos exclusivos, séries do catálogo: parte da história de nove anos do canal Q está agora disponível para além da televisão.
Há nove anos, quando nascia o canal Q, ele já era o primeiro a dobrar — “a primeira produtora de conteúdos portuguesa que cria o seu próprio canal de televisão”, escrevia o PÚBLICO sobre a aventura das Produções Fictícias no papel de programadora. Nove anos depois, o canal Q mudou, sofreu investimentos e desinvestimentos, teve vários rostos, lançou talentos, e agora é outra vez o primeiro sem nunca ter sido o primeiro nas audiências: é “o primeiro canal de televisão português a ter uma plataforma de streaming” com os seus conteúdos, ou seja parte dos seus nove anos de história.
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Há nove anos, quando nascia o canal Q, ele já era o primeiro a dobrar — “a primeira produtora de conteúdos portuguesa que cria o seu próprio canal de televisão”, escrevia o PÚBLICO sobre a aventura das Produções Fictícias no papel de programadora. Nove anos depois, o canal Q mudou, sofreu investimentos e desinvestimentos, teve vários rostos, lançou talentos, e agora é outra vez o primeiro sem nunca ter sido o primeiro nas audiências: é “o primeiro canal de televisão português a ter uma plataforma de streaming” com os seus conteúdos, ou seja parte dos seus nove anos de história.
Chama-se Q Play e é mais um apelo à carteira digital dos espectadores portugueses, tenham ou não cortado o cordão umbilical da televisão e usem ou não ainda os operadores para ter 57 canais e, como constatava o “Boss” Springsteen, nada a dar. O Q Play junta-se à HBO Portugal nos serviços de streaming de canais de entretenimento que entraram no mercado nos últimos dois meses, sinal dos tempos e da vontade de um pequeno canal de estar à frente, ou pelo menos em cima, do seu tempo.
Esta aposta surge com Nuno Artur Silva, fundador das Produções e do Q, na cadeira de director-geral do Q depois de ter saído da administração da RTP devido às dúvidas do conselho independente pela sua ligação à empresa e manutenção como accionista do canal Q. Vem meses antes da chegada do Disney + e da Apple TV+.
Como é apanágio dos serviços de streaming que se prezem, tem produção original e exclusiva da plataforma e, por 2,99 euros por mês ou 29,99/ano, tem acesso não só ao catálogo de boa parte dos seus nove anos, como Filho da Mãe ou Super Swing (programas como Inferno ou Altos e Baixos, mais ligados à actualidade, não constavam do catálogo na altura de publicação deste texto), mas também a quatro exclusivos.
“Fui raptado e abduzido cinco vezes nos últimos três meses e estive na nave deles. E são pessoas com quem não se pode conversar”, avisa Manuel João Vieira a propósito da série de humor Um Alienígena Perto de Si. “Tu podes ser um alienígena. Eu próprio posso ser um alienígena.” Há também As Receitas do Chef Bernas, com Bernardo D’Ávila, ou a série de animação A Vida e Obra de um Desanimado, além de uma parceria com o festival de curtas Shortcutz que lá divulgará alguns dos filmes premiados.
O Q Play está gratuitamente na app do Meo, onde o Q começou em 2010 usando também o seu serviço de vídeo on demand, mas também nas lojas de aplicações e na internet em geral. Divide o mercado em Portugal com HBO, Netflix, Amazon, Fox Play ou AXN Now, com o RTP Play ou com o Nos Play, entre outros.
Na antena convencional, o Q vai ter novos programas, como Querido Diário, com Nuno Artur Silva, Joana Stichini Vilela e Pedro Vieira, Freuda-se, com Hugo van der Ding e Manuel Vieira, além de novos Inferno e Baseado Numa História Verídica.