Número de mortos em Moçambique sobe para 518

São mais 17 vítimas mortais relativamente aos últimos dados divulgados.

Foto
Reuters/ZOHRA BENSEMRA

As autoridades moçambicanas actualizaram nesta segunda-feira para 518 o número de mortos provocados pelo ciclone Idai e pelas cheias que se lhe seguiram, mais 17 vítimas relativamente aos últimos dados divulgados.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

As autoridades moçambicanas actualizaram nesta segunda-feira para 518 o número de mortos provocados pelo ciclone Idai e pelas cheias que se lhe seguiram, mais 17 vítimas relativamente aos últimos dados divulgados.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Gestão de Catástrofes (INGC), há ainda 11.641 feridos e mais de 146 mil pessoas estão em centros de acolhimento.

O ciclone atingiu com violência algumas zonas a Norte de Moçambique e ainda áreas do Zimbabwe e Malawi​ nos dias 14 e 15 de Março. Contabilizaram-se cerca de 800 mortos, sendo que Moçambique foi um dos paíse mais afectadas. 

O número de feridos representa um aumento de 118 relativamente aos 1523 do anterior balanço, enquanto as pessoas que procuraram abrigo nos centros de acolhimento subiram para 146.142 (mais 5535). A estimativa de pessoas afectadas mantém-se nas 843.723 e o número de famílias beneficiárias de assistência humanitária é agora de 29.291 (mais 193). O grupo de pessoas afectadas inclui todas aquelas que perderam as casas, precisam de alimentos ou de algum tipo de assistência.

As autoridades actualizaram também o número de casas totalmente destruídas que ascende a 59.910 (56.095 no anterior balanço), 33.925 parcialmente destruídas (28.129 segundo os anteriores dados) e 15.784 inundadas, sendo que a maioria são habitações de construção precária.

Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), o  Idai provocou ainda danos em 3318 salas de aulas, com 150.854 alunos prejudicados, dados que se mantêm relativamente ao balanço anterior.

Depois da tragédia, espera-se que a incidência de cólera e malária aumente. Estas duas das prioridades das autoridades devido à falta de condições sanitárias agravada pela tempestade.