Pyongyang qualifica assalto a embaixada em Madrid como “ataque terrorista”
Principal suspeito da acção é um cidadão mexicano que vive nos Estados Unidos. Grupo que assaltou a representação diplomática fugiu de Espanha através de Portugal.
Pyongyang descreveu este domingo como um “ataque terrorista” o assalto à sua embaixada em Madrid, em Fevereiro, reivindicado por um grupo de opositores do regime, segundo um comunicado divulgado pela agência oficial KCNA. “Um grave ataque terrorista ocorreu em 22 de Fevereiro, durante o qual um grupo armado atacou a embaixada da RPDC [República Popular Democrática da Coreia]”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
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Pyongyang descreveu este domingo como um “ataque terrorista” o assalto à sua embaixada em Madrid, em Fevereiro, reivindicado por um grupo de opositores do regime, segundo um comunicado divulgado pela agência oficial KCNA. “Um grave ataque terrorista ocorreu em 22 de Fevereiro, durante o qual um grupo armado atacou a embaixada da RPDC [República Popular Democrática da Coreia]”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A representação diplomática norte-coreana foi alvo de um assalto em 22 de Fevereiro, alguns dias antes da segunda cimeira, em Hanói, entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un. O pessoal diplomático foi mantido refém durante várias horas, acabando por escapar aos atacantes.
Mais tarde, o grupo de Defesa Civil Cheollima (DCC), que expressa oposição ao regime norte-coreano, reivindicou o ataque e publicou um vídeo no YouTube em que é visível a destruição de retratos de Kim Jong-il e Kim Il-sung no interior da embaixada.
Na terça-feira, um juiz de instrução espanhol tornou públicos pormenores sobre o assalto e sobre o alegado grupo responsável, indicando que o respectivo líder será Adrian Hong Chang, um cidadão mexicano residente nos Estados Unidos. Um cidadão norte-americano e outro da Coreia do Sul também integram o grupo que assaltou a embaixada.
Segundo o El País, que cita a investigação da justiça espanhola, o colectivo abandonou Espanha logo após o ataque e regressou aos EUA através de Portugal. Após a chegada a solo norte-americano, Chang contactou o FBI para prestar a sua versão dos acontecimentos. A imprensa espanhola afirma que dois elementos do grupo terão ligações à CIA.
Na primeira reacção oficial, a Coreia do Norte referiu-se este domingo ao possível envolvimento dos EUA no ataque e exortou as autoridades espanholas a levar à justiça “terroristas e aqueles que puxam os cordelinhos”. “Esperamos que as autoridades competentes em Espanha (...) investiguem este incidente de forma completa e responsável”, frisou o porta-voz do regime, em comunicado.