PCP diz que cumpriu todos os compromissos assumidos no Parlamento Europeu
PCP diz que foi o partido que mais perguntas fez às instituições europeias
No balanço da legislatura que agora termina no Parlamento Europeu, o PCP sai de “consciência tranquila” porque cumpriu todos os compromissos assumidos, garantindo que produziu mais perguntas às instituições europeias do que todos os outros eurodeputados portugueses juntos.
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No balanço da legislatura que agora termina no Parlamento Europeu, o PCP sai de “consciência tranquila” porque cumpriu todos os compromissos assumidos, garantindo que produziu mais perguntas às instituições europeias do que todos os outros eurodeputados portugueses juntos.
“Saímos de consciência tranquila. Numa composição adversa como é a do Parlamento Europeu actualmente, e sendo três em 21 deputados portugueses, saímos de consciência tranquila de que fizemos aquilo que estava ao nosso alcance fazer”, respondeu à agência Lusa o eurodeputado e de novo cabeça de lista do PCP às europeias, João Ferreira, no final da conferência de imprensa de balanço da intervenção dos deputados comunistas no Parlamento Europeu na legislatura entre 2014 e 2019.
O eurodeputado comunista destacou que foram cumpridos os compromissos da declaração programática que nas eleições europeias de 2014 o PCP apresentou ao povo português.
“Seria sempre possível ter feito mais, ter ido a mais sítios. Estamos também confiantes de que isso possa ser possível no futuro com um reforço da presença da CDU no Parlamento Europeu”, antecipou.
Para João Ferreira, é evidente que tendo o PCP três eurodeputados, mesmo de “um ponto de vista meramente quantitativo”, há “uma intervenção que se destaca”, nomeadamente no caso das 1.262 perguntas feitas às instituições da União Europeia que são “mais do que todos os outros deputados portugueses juntos”.
Mas o cabeça de lista comunista deu outros números para comprovar a “muito significativa intervenção” do PCP que “se destaca das demais forças políticas": 576 intervenções em sessão plenária, 4.039 declarações de voto, relatores de 15 relatórios e nove pareceres ou relatores-sombra de 86 relatórios e 104 pareceres.
Segundo João Ferreira, a acção do PCP no Parlamento Europeu foi “profundamente entrosada com a realidade nacional” e com os problemas, necessidades, interesses e anseios do povo português.
“De Norte a Sul, dos Açores à Madeira, os deputados do PCP no Parlamento Europeu percorreram todos os distritos do país, dinamizando mais de um milhar de deslocações”, exemplificou ainda.
A intervenção do PCP, prosseguiu João Ferreira, traduziu-se em “propostas concretas” em diversas áreas como a defesa dos direitos sociais e laborais, a defesa dos sectores produtivos nacionais, o ambiente ou medidas de apoio a populações e áreas afectadas pelos incêndios.
O combate contra a chantagem e a ameaça de sanções a Portugal, a proposta de criação de um programa de apoio aos países intervencionados pela troika, a luta contra a fraude e evasão fiscal ou a tentativa de alargar a representação de Portugal no Parlamento Europeu foram outras das áreas em relação às quais o PCP apresentou proposta.
“Este balanço-síntese não esgota, nem detalha, todo o trabalho realizado pelos deputados do PCP no Parlamento Europeu. Contudo, constitui uma demonstração do cumprimento dos compromissos assumidos, interligando a intervenção institucional com a luta dos trabalhadores e das populações, respondendo a anseios e interesses do povo português”, destacou.