CDS-PP prepara programa eleitoral “alternativo” ao PS
Ciclo de conferências Ouvir Portugal termina este sábado e produziu 120 propostas
As questões do território, do clima, da água e também das novas profissões e os desafios da sociedade do futuro foram os temas mais presentes nas conferências Ouvir Portugal promovidas pelo CDS-PP, no último ano e meio, em todo o país, para preparar o programa eleitoral para as legislativas. Daí nasceram 120 propostas que serão entregues à equipa que prepara a estratégia do partido para as eleições, este sábado, na última conferência Ouvir Portugal, em Lisboa. Assunção Cristas, em declarações ao PÚBLICO, defende a aposta em fazer política com a “lógica de proximidade” e assume que o programa eleitoral vai colocar-se como “alternativo” à governação socialista.
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As questões do território, do clima, da água e também das novas profissões e os desafios da sociedade do futuro foram os temas mais presentes nas conferências Ouvir Portugal promovidas pelo CDS-PP, no último ano e meio, em todo o país, para preparar o programa eleitoral para as legislativas. Daí nasceram 120 propostas que serão entregues à equipa que prepara a estratégia do partido para as eleições, este sábado, na última conferência Ouvir Portugal, em Lisboa. Assunção Cristas, em declarações ao PÚBLICO, defende a aposta em fazer política com a “lógica de proximidade” e assume que o programa eleitoral vai colocar-se como “alternativo” à governação socialista.
Com o objectivo de construir o programa eleitoral, o CDS-PP promoveu 20 conferências Ouvir Portugal, com temas desde a família/natalidade, profissões do futuro, água, passando pela saúde, cultura e também pela geração milénio e pelo empreendedorismo. Participaram 106 oradores.
Nos locais onde se realizavam muitas das conferências, nos 18 distritos e nas duas regiões autónomas, Assunção Cristas aproveitava para fazer contacto de rua e desafiava os eleitores a enviarem contributos. Chegaram 130 mil e-mails e concluíram-se 120 propostas que serão analisadas pelo grupo que está a trabalhar no programa – coordenado por Adolfo Mesquita Nunes – para poderem ser vertidas no documento final, em articulação com outros contributos como os do gabinete de estudos do partido. “O objectivo era fazer um programa o mais participado possível, aberto a independentes. Queremos ter um programa abrangente, direccionado para as prioridades e isso só se consegue ouvindo as pessoas”, afirma a líder do CDS-PP.
Assunção Cristas tem-se posicionado como alternativa ao PS de António Costa e esse é um sinal que será evidente nas propostas com que o CDS se apresentará a eleições. “Nós tivemos uma alternativa no Orçamento de Estado, vamos ter no Programa de Estabilidade e no programa eleitoral”, disse, assumindo que apostou numa “lógica de proximidade, na rua” como forma de ganhar “mais sensibilidade às preocupações das pessoas”. Esta também pode ser uma forma de conquistar os abstencionistas, admite Assunção Cristas.
A última conferência vai assumir um modelo diferente das anteriores – em que a palavra era dada sobretudo aos participantes – e terá como convidado principal António Horta Osório, presidente do Lloyds Bank, que fará uma comunicação sobre as perspectivas de futuro para Portugal. Depois seguem-se debates com Daniel Traça (director da Nova SBE) e Catarina Albuquerque (presidente da parceria das Nações Unidas “Sanitation and Water for All”, Manuel Antunes (cirurgião cardiotorácico), Sebastião Bugalho (jornalista), Daniel Bessa (economista) e Marta Canário (consultora sobre inclusão e comunicação). O encerramento está a cargo de Adolfo Mesquita Nunes e da própria líder do CDS-PP.