O Changemakers da Gucci quer apoiar a diversidade no mundo da moda

A iniciativa surge um mês depois da polémica com uma camisola que lembrava a blackface e que valeu à marca italiana várias acusações de racismo.

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Reuters/Charles Platiau

A Gucci revelou que irá lançar uma iniciativa para promover a diversidade racial dentro da empresa e da indústria da moda em geral. De acordo com o presidente da marca, Marco Bizarri, a Gucci Changemakers irá “unir e fortalecer as comunidades na América do Norte, com foco em programas que vão ajudar os jovens e a comunidade afro-americana”, explica num comunicado.

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A Gucci revelou que irá lançar uma iniciativa para promover a diversidade racial dentro da empresa e da indústria da moda em geral. De acordo com o presidente da marca, Marco Bizarri, a Gucci Changemakers irá “unir e fortalecer as comunidades na América do Norte, com foco em programas que vão ajudar os jovens e a comunidade afro-americana”, explica num comunicado.

O anúncio, há uma semana, da nova campanha surge um mês depois de a marca italiana ter sido acusada de racismo, devido a uma camisola que lembrava a blackface. Na altura, a marca apresentou as suas desculpas e, numa mensagem deixada nas redes sociais, reconheceu que a diversidade é “um valor fundamental”. 

“Acredito no diálogo, na construção de pontes e nas medidas rápidas. É por isso que, na Gucci começamos a trabalhar imediatamente na infra-estrutura de longo prazo [a Changemakers], para resolver essas falhas”, justifica Marco Bizarri, acrescentando que a iniciativa também vai ajudar os “jovens talentosos de várias origens” a terem “acesso a carreiras na indústria da moda”.​

A iniciativa Changemakers vai estar dividida em três domínios, a começar por um fundo no valor de 3,75 milhões de libras (cerca de 4,40 milhões de euros) que se destina a apoiar os membros das comunidades multiculturais das cidades dos EUA, em particular a afro-americana. A segunda parte da campanha consiste num programa de bolsas no valor de 15 mil libras (17.600 euros) para os estudantes universitários que pretendem terminar os seus estudos. Além destes apoios financeiros, a Gucci também vai promover uma iniciativa de voluntariado de quatro dias – que serão remunerados como dias normais de trabalho – para os cerca de 18 mil funcionários da marca, que vão ter a oportunidade fazer voluntariado para ajudar os refugiados e sem-abrigo, bem como causas relacionadas com o ambiente, a educação e a igualdade

Para determinar quem irá fazer parte da iniciativa da Gucci, a marca criou um conselho externo do qual farão parte nomes como o músico Will.i.Am, a activista de moda, Bethann Hardison, a presidente da associação Equality Now, Yasmeen Hassan, e o designer de moda Dan Dapper, que já mostrou o seu apoio à iniciativa numa publicação do Instagram. “Depois de nos termos reunido com algumas das principais mentes do sector e com outros profissionais da moda, negócios e cultura, ajudamos a Gucci a criar os programas que vão criar um impacto positivo na comunidade negra e na moda em geral”, escreveu Dapper.