Impedida de levar um cavalo para palacete, Madonna desiludida com Portugal
A cantora gravou um videoclip na Quinta Nova da Assunção, em Sintra. Após ter-lhe sido negada a entrada de um cavalo no palacete a artista tentou de tudo para reverter decisão da autarquia.
Madonna quis levar um cavalo para dentro de um palacete em Sintra para a gravação de um videoclip, mas foi-lhe negada a autorização. A cantora terá reagido mal, tentando reverter a decisão da câmara, com a ajuda à distância do seu agente. Em declarações ao Expresso, Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, defende que “há coisas que o dinheiro não paga”. E acrescenta: “Em condição nenhuma deixaria entrar um cavalo no palácio, não tem qualquer sentido! A Madonna é uma artista, mas o palácio é de todos e não é para ser estragado.”
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Madonna quis levar um cavalo para dentro de um palacete em Sintra para a gravação de um videoclip, mas foi-lhe negada a autorização. A cantora terá reagido mal, tentando reverter a decisão da câmara, com a ajuda à distância do seu agente. Em declarações ao Expresso, Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, defende que “há coisas que o dinheiro não paga”. E acrescenta: “Em condição nenhuma deixaria entrar um cavalo no palácio, não tem qualquer sentido! A Madonna é uma artista, mas o palácio é de todos e não é para ser estragado.”
O conflito gerou-se à volta das gravações do videoclip para a música Indian Summer, na Quinta Nova da Assunção. Há cerca de duas semanas, a autarquia recebeu um pedido de autorização para utilização do espaço para a gravação de um clip “para o mercado internacional de uma cantora conhecida mundialmente”, entre os dias 15 e 20 de Março, de acordo com o semanário. No pedido, enviado pela produtora Twenty Four Seven, não era mencionado o nome de Madonna.
Foi aprovado, apenas com um senão: por motivos de “segurança”, não foi permitida a entrada de um cavalo para a gravação de uma cena na qual, de acordo com o guião, citado pelo Expresso, este estaria “deitado no chão a interagir com a protagonista”. “O piso do rés-do-chão assenta sobre estrutura de vigas de madeira, sendo a caixa-de-ar ventilada, portanto um piso não estabilizado estruturalmente, o que impede a utilização de actividades que provoquem vibrações”, lê-se num parecer técnico.
A cantora terá pedido ajuda ao seu agente, através de Londres, para resolver a situação. “Eu já dei tanto a este país e quando peço um simples favor, no sentido de mostrar Portugal ao mundo, a resposta que recebo é um não”, terá dito, segundo uma troca de mensagens divulgada pelo Correio da Manhã. Terá ainda culpado o agente por a ter convencido a mudar-se para cá.
Nas mensagens, o agente explicava que já tinha contactado várias pessoas e que quem estaria encarregado não estava de momento disponível. De acordo com uma fonte do Expresso, “tentaram tudo, até disseram que iam falar com o primeiro-ministro”. No dia das gravações, terão inclusive sido enviados três polícias municipais à paisana para o palacete, de forma a evitar uma situação de conflito.
Basílio Horta mostra-se surpreendido com toda a situação, afirmando que pressões deste género “não são habituais”. “Mas também as pessoas sabem que, comigo, não resultam. Se fosse um português nem se atrevia a tentar”, acrescenta o autarca.