Dois dos quatro helicópteros ao serviço do INEM têm de parar
Em causa, a idade dos dois helicópteros – um estacionado em Évora e outro em Macedo de Cavaleiros – que impede a existência de um sistema obrigatório de monitorização de voos.
Dois dos quatro helicópteros que, actualmente, prestam serviço ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) têm de parar de operar, por não cumprirem as regras exigidas pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA). Estas são as consequências de uma auditoria realizada por aquela agência internacional, segundo revela este sábado o Jornal de Notícias. À empresa responsável pela operação foi dado um prazo para substituir os aparelhos.
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Dois dos quatro helicópteros que, actualmente, prestam serviço ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) têm de parar de operar, por não cumprirem as regras exigidas pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA). Estas são as consequências de uma auditoria realizada por aquela agência internacional, segundo revela este sábado o Jornal de Notícias. À empresa responsável pela operação foi dado um prazo para substituir os aparelhos.
Em causa, segundo o diário, estará a idade dos dois helicópteros – um estacionado em Évora e outro em Macedo de Cavaleiros, onde foi colocado para substituir o que caiu num acidente em Valongo, em Dezembro do ano passado – que não permite a existência de um sistema obrigatório de monitorização dos voos. A Babcock, responsável pelos dois aparelhos, já tinha garantido, no final do ano passado, que iria substituí-los durante este mês de Março, mas segundo o JN, tal ainda não aconteceu.
A auditoria foi realizada à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e às três empresas aeronáuticas certificadas para voos de emergência médica em Portugal. Contudo, das três, apenas a Babcock realiza, efectivamente, essas funções, estando as outras duas – HeliPortugal e HTA – a operar apenas no âmbito do combate aos incêndios. A acção terá sido desencadeada no seguimento do acidente de 15 de Dezembro, que causou a morte dos quatro ocupantes do aparelho ao serviço do INEM.
Segundo o JN, as recomendações da EASA chegaram à ANAC há cerca de duas semanas, e apesar desta entidade não ter confirmado os resultados da auditoria, o jornal adianta que terá sido dado um prazo à Babcock para substituir rapidamente os dois helicópteros. O INEM disse desconhecer a auditoria e os seus resultados.
Já em Dezembro, o jornal tinha dado conta que os dois helicópteros não cumpriam os requisitos técnicos exigidos, um por ter pior performance do que o previsto (o de Macedo de Cavaleiros) e outro por ter ultrapassado o limite de idade (Évora).
A utilização dos helicópteros ao serviço do INEM tem estado envolta em diversos constrangimentos, o último dos quais fora o facto de a Babcock ter decidido não aterrar os helicópteros ao serviço do INEM, durante a noite, em hospitais que não estivessem devidamente certificados para o efeito, pela ANAC. Uma situação que fez com que, em Lisboa, apenas o Aeroporto Militar de Figo Maduro passasse a ter essa função.