Portugal alcança a vitória mais dilatada de sempre

A selecção nacional de râguebi manteve o registo 100% vitorioso no Rugby Europe Trophy após derrotar nas Caldas da Rainha a República Checa, por 93-0.

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Portugal marcou 15 ensaios nas Caldas da Rainha Luís Cabelo

Com 15 ensaios marcados e muitas facilidades, Portugal não teve qualquer problema para derrotar neste sábado a República Checa, por 93-0, alcançando a vitória mais dilatada da história do râguebi português. Nas Caldas da Rainha, a selecção nacional somou a quarta vitória em quatro jogos do Rugby Europe Trophy e tem praticamente garantido pelo terceiro ano consecutivo um lugar no play-off de promoção ao Rugby Europe Championship.

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Com 15 ensaios marcados e muitas facilidades, Portugal não teve qualquer problema para derrotar neste sábado a República Checa, por 93-0, alcançando a vitória mais dilatada da história do râguebi português. Nas Caldas da Rainha, a selecção nacional somou a quarta vitória em quatro jogos do Rugby Europe Trophy e tem praticamente garantido pelo terceiro ano consecutivo um lugar no play-off de promoção ao Rugby Europe Championship.

Depois de vencer a Polónia (65-5), a Holanda (18-5) e a Suíça (48-14), Portugal manteve o registo 100% vitorioso no Rugby Europe Trophy, a segunda divisão das provas organizadas pela Rugby Europe, competição onde os Lobos ganharam todos os jogos que disputaram nos últimos três anos.

Apesar de matematicamente ainda não ter garantido o triunfo no Rugby Europe Trophy 2019, assegurando dessa forma um lugar no play-off de promoção ao Rugby Europe Championship 2020, apenas uma hecatombe impedirá que Portugal discute na Alemanha o regresso ao principal escalão da Rugby Europe: a Lituânia teria que ganhar com ponto de bónus ofensivo os três jogos que tem para disputar, sendo que a próxima partida dos lituanos é contra a selecção portuguesa, para ultrapassar os Lobos.

A já habitual diferença de qualidade entre Portugal e as restantes selecções que disputam o Rugby Europe Trophy não reflecte, porém, as tradicionais dificuldades do râguebi português. Mais uma vez, a equipa lusa apresentou-se desfalcada dos jogadores mais categorizados e, a cada partida, o XV dos Lobos vai sendo renovado, quase sempre com a entrada de jovens atletas que alinham no campeonato português.

A título de comparação, entre os 23 jogadores que defrontaram a República Checa nas Caldas da Rainha estavam apenas cinco dos que defrontaram, em Junho do ano passado, a Alemanha, no play-off de acesso ao Mundial 2019: Salvador Vassalo, Sebastião Villax, Vasco Ribeiro, Tomás Appleton e Nuno Mascarenhas.

Sem contar com os profissionais que alinham em campeonatos estrangeiros, como Julien Bardy, Francisco Fernandes, Mike Tadjer, Samuel Marques, Aurelien Beco, Pedro Bettencourt ou José Lima, ficaram de fora das opções do seleccionador Martim Aguiar, por motivos pessoais, físicos ou profissionais, nomes como Duarte Diniz, José Rodrigues, Nuno Sousa Guedes, Bruno Medeiros, Vasco Fragoso Mendes, David Wallis ou Rodrigo Freudenthal.

Problemas do râguebi português à parte, a vitória contra os checos não teve história. Em apenas 25 minutos, Portugal já tinha garantido os quatro ensaios que garantem o ponto de bónus ofensivo e, ao intervalo, a selecção nacional já vencia por 57-0 – a vitória mais dilatada do râguebi português tinha sido de 69-0, em 2010, na Alemanha.

Nos últimos 40 minutos, perante uma equipa checa muito débil, os Lobos continuaram a encontrar muitas facilidades para furar a defesa contrária e, apesar de terem baixado o ritmo nos últimos 15 minutos, período no qual marcaram apenas um ensaio, os portugueses foram somando ensaios atrás de ensaios, terminando a partida com 15 marcados e um expressivo e histórico marcador final de 93-0.