Sindicatos médicos marcam “cimeira” para analisar impasse de negociações com Governo
Este encontro, de onde sairá uma declaração conjunta, antecede uma reunião com o Ministério da Saúde marcada para dia 3 de Abril.
Os sindicatos médicos vão realizar na próxima semana “uma cimeira” para analisar de forma detalhada e exaustiva “o impasse” das negociações com o Governo, que acusam de não aproveitar a “abertura negocial e a paciência” dos sindicatos.
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Os sindicatos médicos vão realizar na próxima semana “uma cimeira” para analisar de forma detalhada e exaustiva “o impasse” das negociações com o Governo, que acusam de não aproveitar a “abertura negocial e a paciência” dos sindicatos.
Numa nota enviada à agência Lusa, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) indicam que vão reunir-se em Lisboa na quarta-feira numa “cimeira entre as duas organizações para análise detalhada, circunstanciada e exaustiva do impasse que tem imperado no processo negocial com Governo”.
Para as estruturas sindicais dos médicos, o Governo “não tem aproveitado a abertura negocial e a paciência reveladas pelos sindicatos em três anos de resultados praticamente nulos”.
Os sindicatos manifestam-se apostados em dignificar a carreira médica e revitalizar o papel do médico.
Este encontro, de onde sairá uma declaração conjunta, antecede uma reunião com o Ministério da Saúde marcada para dia 3 de Abril.
Na semana passada, o SIM tinha adiantado à agência Lusa que estava a analisar a possibilidade de uma greve de médicos internos (em formação especializada no Serviço Nacional de Saúde), enquanto a FNAM admitia igualmente estudar formas de luta.
Os sindicatos médicos têm reivindicado várias matérias, como a redução das 18 horas para as 12 horas semanais de serviço de urgência, uma nova grelha salarial (com a actual congelada há cerca de uma década) ou carreiras médicas no INEM, no Ministério da Defesa e no Instituto de Medicina Legal, como recordou à Lusa o secretário-geral do SIM, Roque da Cunha.
Uma das medidas defendidas pelos sindicatos nos últimos anos tem sido igualmente a redução da lista de utentes por médico de família.