Protecção Civil alerta para risco elevado de incêndios e adverte contra queimadas
Prevê-se já para este sábado uma subida gradual da temperatura até à próxima terça-feira, com valores acima do habitual para esta época do ano. Aliada ao vento e à baixa humidade, o calor implica um maior risco de incêndio em algumas zonas do país.
O risco de incêndios em zonas rurais vai aumentar já a partir deste sábado, altura em que se prevê uma subida gradual da temperatura máxima até à próxima terça-feira, com valores de acima do habitual para esta época do ano, alertou esta sexta-feira a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) em comunicado.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O risco de incêndios em zonas rurais vai aumentar já a partir deste sábado, altura em que se prevê uma subida gradual da temperatura máxima até à próxima terça-feira, com valores de acima do habitual para esta época do ano, alertou esta sexta-feira a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) em comunicado.
O risco representado pelo calor é intensificado pelo facto de a humidade relativa do ar (HRA) prevista ser inferior a 35% na generalidade do território do continente durante a tarde de sábado, apesar de se verificar uma fraca recuperação durante a noite. Para piorar a situação, o vento: está previsto vento do quadrante Leste, moderado a forte (até 45 km/h) durante a noite e manhã nas terras altas, em especial das regiões Centro e Sul, com possibilidade de rajadas até 65 km/h na região do Algarve.
“Este cenário meteorológico traduz-se num aumento dos índices de risco de incêndio, entre este sábado e segunda-feira com condições favoráveis à rápida propagação de incêndios, em especial na região de Lisboa e Vale do Tejo, distritos de Viseu, Aveiro, Guarda, Braga, Vila Real e Bragança, com níveis Elevado a Muito Elevado”, alerta a entidade.
Perante este cenário, a Protecção Civil recorda que a "queima de matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração, está sujeita a autorização da autarquia local, devendo esta definir o acompanhamento necessário para a sua concretização, tendo em conta o risco do período e zona em causa”.
A ANPC determinou também o reforço e o pré-posicionamento de alguns meios de combate de incêndios como as equipas de Combate a Incêndios Rurais de Guimarães, Trancoso, Proença-a-Nova, Almeirim, Portalegre, Montijo e Estremoz e a Equipa de Análise e Uso do Fogo de Proença-a-Nova.
Existirá também um reforço de meio da Guarda Nacional Republicana por parte da Companhia de Ataque Ampliado em Vila Real e Viseu e a "manutenção de uma equipa terrestre com capacidade de ATI em acções de patrulhamento em todos os centros de meios aéreos”, refere a entidade.
Também o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou a população para uma maior probabilidade da ocorrência de incêndios, uma vez que as temperaturas vão chegar perto dos 30ºC.
Segundo o mesmo, mais de metade do território do continente encontra-se em seca moderada (38% em seca fraca e 5% em seca severa). O mês de Janeiro foi um dos mais secos dos últimos 19 anos e o país irá enfrentar no próximo Verão um novo ciclo de escassez de água se não chover nos próximos dois meses, mas as perspectivas de forte precipitação não são animadoras.